Depois, em Outubro de 2009, o Sr. Ministro dizia que o défice seria de 8% e eu escrevi que não, e expliquei aqui
31.3.11
O medo e a incompetencia....
Primeiro não tiveram competência, agora não têm legitimidade.
Défice de 8,6% em 2010. Adicionem a redução conseguida com a incorporação do Fundo de Pensões da PT e chegam a um valor superior a 2009. Já com políticas de austeridade.
É escusado fazerem o discurso do poder vitimizado.
A arrogância, ignorância e incompetencia têm limites.
Recordo-me quando escrevi, aqui, em Julho de 2009, depois do Ministro Teixeira dos Santos vir afirmar que o défice em 2009 seria de 5,6%, que após ter feito algumas contas, tinha chegado à conclusão de que seria de 9,4%.
Sei fazer contas, mas não sou só eu; a diferença é que sou honesto nas contas que faço, no que digo e no que escrevo. Também não sou o único honesto: a questão, grande questão, é que os honestos na escrita e na palavra, os intelectualmente honestos e tecnicamente capazes não têm espaço, porque o palco político e executivo foi tomado de assalto pelos outros.
Défice de 8,6% em 2010. Adicionem a redução conseguida com a incorporação do Fundo de Pensões da PT e chegam a um valor superior a 2009. Já com políticas de austeridade.
É escusado fazerem o discurso do poder vitimizado.
A arrogância, ignorância e incompetencia têm limites.
Recordo-me quando escrevi, aqui, em Julho de 2009, depois do Ministro Teixeira dos Santos vir afirmar que o défice em 2009 seria de 5,6%, que após ter feito algumas contas, tinha chegado à conclusão de que seria de 9,4%.
Sei fazer contas, mas não sou só eu; a diferença é que sou honesto nas contas que faço, no que digo e no que escrevo. Também não sou o único honesto: a questão, grande questão, é que os honestos na escrita e na palavra, os intelectualmente honestos e tecnicamente capazes não têm espaço, porque o palco político e executivo foi tomado de assalto pelos outros.
29.3.11
Onde ?
Hora séria, de sugerir um local que fique para a História, como Tordesilhas:
qual a localidade portuguesa onde deverá ser assinado o Tratado, que dividirá Portugal entre brasileiros e angolanos?
qual a localidade portuguesa onde deverá ser assinado o Tratado, que dividirá Portugal entre brasileiros e angolanos?
Rebuçados em Badajoz....
Ex-membro da comissão de avaliação das parcerias público-privadas (PPP) está hoje a ser ouvido no Parlamento.
"Os consultores dizem o que as pessoas que fazem as encomendas querem ouvir e como tal, os estudos não são credíveis" Avelino Jesus dixit.
Claro, aliás, a reputação dos técnicos portugueses que ganham imensas fortunas a elaborar estudos e pareceres, baseia-se, fundamentalmente, na verdade. De resto, quando um cliente, seja o estado seja um privado, apresenta intenções de avançar para um projecto de investimento, recorrendo a fundos, com ou sem intenções políticas, é bastas vezes aconselhado a não avançar nos ditos investimentos, por serem inviáveis ou ruinosos.
É assim, como todos sabemos, que os estudos e os consultores se pagam regiamente. A escrever a verdade, numa folha em branco que, recorde-se, aceita tudo o que lhe escrevem, seja letras, seja números (faz igualmente parte da profissão mais velha do mundo, a folha em branco).
Má reputação e fraquíssima preparação técnica e profissional têm as grandes consultoras americanas, os seus consultores, que durante anos maquilharam balanços e demonstrações de resultados. A Arthur Andersen fechou por incompetência dos seus técnicos. Ainda se tivessem utilizado técnicos portugueses, mas não, insistiram nos americanos.
Por cá somos todos boa gente. As intenções são sempre políticas.
Mas deixem que pergunte: 4,7 milhões de passageiros só no primeiro ano? Acredito.
Ainda se vendem rebuçados em Badajoz? Se sim, prevejo que a procura possa ser maior.
É assim, como todos sabemos, que os estudos e os consultores se pagam regiamente. A escrever a verdade, numa folha em branco que, recorde-se, aceita tudo o que lhe escrevem, seja letras, seja números (faz igualmente parte da profissão mais velha do mundo, a folha em branco).
Má reputação e fraquíssima preparação técnica e profissional têm as grandes consultoras americanas, os seus consultores, que durante anos maquilharam balanços e demonstrações de resultados. A Arthur Andersen fechou por incompetência dos seus técnicos. Ainda se tivessem utilizado técnicos portugueses, mas não, insistiram nos americanos.
Por cá somos todos boa gente. As intenções são sempre políticas.
Mas deixem que pergunte: 4,7 milhões de passageiros só no primeiro ano? Acredito.
Ainda se vendem rebuçados em Badajoz? Se sim, prevejo que a procura possa ser maior.
28.3.11
Cosméticas e pesadelos...
Há assuntos que são, muito claramente, tabu na sociedade política portuguesa.
A recente disposição de não auditar as contas públicas é um desses temas. Não se ouviu uma palavra, só assobios para o ar.
A cosmética aplicada na contabilidade pública rivaliza, estou certo, com a Lady Gaga.
Os sacrifícios são pedidos, mas a realidade não pode ser conhecida: nem por nós, nem pelos parceiros, grandes amigos, que temos na União Económica e Monetária. Porque se essa realidade se sabe, bom, o mundo desaba e esse mundo chama-se Portugal.
Mas será que o encobrimento da cosmética que encobre a realidade crua - esta que vivemos ainda está retocada, como percebemos - evita o desabamento que se teme? Numa situação de abundância de capitais, talvez, em escassez não. Forçosamente, mais cedo ou mais tarde, os buracos na pele, o acne e pontos negros irão aparecer, de nada valendo o sigilo sobre as manobras contabilísticas efectuadas.
Apetece evocar um paradoxo interessante: porque razão há maior preocupação com a pele do que com a moral: porque as manchas na alma limpam-se, sendo as do acne mais difíceis.
Assim, não é de estranhar a inexistência de moral na sociedade política e económica portuguesa, mas haja uma enorme preocupação com o acne e borbulhas na sua pele, exigindo esta constantes manobras de cosmética.
Neste caminho que se faz de embustes e favores, o país vai definhando falido, os portugueses vivem sem futuro visível e a democracia não passa de um sonho.
Entretanto vivemos um pesadelo e deixamos, como herança, um pesadelo.
A recente disposição de não auditar as contas públicas é um desses temas. Não se ouviu uma palavra, só assobios para o ar.
A cosmética aplicada na contabilidade pública rivaliza, estou certo, com a Lady Gaga.
Os sacrifícios são pedidos, mas a realidade não pode ser conhecida: nem por nós, nem pelos parceiros, grandes amigos, que temos na União Económica e Monetária. Porque se essa realidade se sabe, bom, o mundo desaba e esse mundo chama-se Portugal.
Mas será que o encobrimento da cosmética que encobre a realidade crua - esta que vivemos ainda está retocada, como percebemos - evita o desabamento que se teme? Numa situação de abundância de capitais, talvez, em escassez não. Forçosamente, mais cedo ou mais tarde, os buracos na pele, o acne e pontos negros irão aparecer, de nada valendo o sigilo sobre as manobras contabilísticas efectuadas.
Apetece evocar um paradoxo interessante: porque razão há maior preocupação com a pele do que com a moral: porque as manchas na alma limpam-se, sendo as do acne mais difíceis.
Assim, não é de estranhar a inexistência de moral na sociedade política e económica portuguesa, mas haja uma enorme preocupação com o acne e borbulhas na sua pele, exigindo esta constantes manobras de cosmética.
Neste caminho que se faz de embustes e favores, o país vai definhando falido, os portugueses vivem sem futuro visível e a democracia não passa de um sonho.
Entretanto vivemos um pesadelo e deixamos, como herança, um pesadelo.
24.3.11
O draconiano Pacto para o Euro....
A cimeira europeia que hoje começa, promete tornar-se numa verdadeira dor de cabeça para as economias do vetusto continente europeu.
Se a adaptação da idade de reforma, de acordo com a esperança média de vida, me parece correcta - nem sequer imagino como se pode pensar parar de trabalhar tão cedo, para além das consequências óbvias para a sustentabilidade do sistema de segurança social - outras há que são difíceis de compreender e digerir.
A saber:
(1) Controlo do custo dos salários: há nesta medida uma clara ingerência nacional, por meio de medidas impostas pelos países que compõem o núcleo duro da União Europeia. A medida visa fomentar a igualização por baixo; se o país é pobre, os salários são parcos, o poder de compra baixo, a economia pouco desenvolvida ao nível da procura agregada. Os países nesta situação ficam sujeitos a baixos salários e vocacionados, contra natura económica, para as exportações, o mesmo é dizer, para a satisfação de necessidades internas dos países ricos. Criar pequenas Chinas dentro da União Europeia, parece ser o alcance desta medida.
(2) Limites ao endividamento público: não há separação de águas, entre despesa primária e despesa de investimento. Existirá um limite de endividamento consagrado na lei do país e ponto. Cabe aos governos estimular a economia, existindo vários instrumentos possíveis, cabendo entre estes o investimento público. Limitar o endividamento a países que já estão sobre-endividados, significa não investir; para países não endividados, a limitação existe ao nível do Produto Interno Bruto; o princípio é básico: se és rico rico serás, se és remediado, remediado ficarás.
(3) Harmonização dos impostos sobre as empresas: os impostos são calculados sobre os resultados após encargos financeiros, provisões e amortizações. As empresas que apresentem maiores lucros pagarão mais impostos, numa base absoluta, porque numa óptica relativa, o percentual fiscal é o mesmo. Estas são as empresas de maior dimensão, situadas nos maiores mercados, onde existe poder de consumo interno. Assim, imagine-se que o IRC é o nosso: 25%. Se uma empresa tem de resultado 100 paga 25. Se outra tem 50 de resultado paga 12,5. No fim, a liquidez resultante é de 75 no primeiro caso e de 37,5 no segundo. A capacidade de investir, de alavancar a actividade por meios próprios é claramente superior para a primeira empresa, que no período seguinte ganhará, suponha-se, 85 enquanto a segunda terá de resultado líquido, porventura 39,5. A diferença aumentará incomensuravelmente ao longo do tempo, tornando impensável o crescimento de umas, sem que as outras cresçam muito mais. A prazo, a economia é dominada pelas grandes corporações, não havendo espaço para a média empresa, a não ser nos mercados desinteressantes para as grandes dimensões. Acresce que a dimensão dos mercados nacionais impele a dimensão das próprias empresas; se aduzido ao limite do custo dos salários, a conclusão é fácil de tirar.
Esta Europa, este Directório de países, prepara-se para dar uma estocada final nas pequenas economias.
Esta União Europeia, esta União Económica e Monetária são ilusões criadas por políticos hábeis na intenção de colonizar economicamente o espaço europeu. A falta de coragem política dos pequenos países, a par dos lugares cativos prometidos aos decisores políticos nacionais afundam, irremediavelmente, a soberania nacional, o orgulho nacional.
Adicionem-se a moeda única, as imposições de Bruxelas, o Tratado de Lisboa e o cenário está criado.
Compreendem-se as manifestações, mesmo que por variadas razões, que se fazem sentir hoje em Bruxelas.
Percebe-se, também, o porquê do fim da União Europeia, do euro, de uma ideia de Europa unificada numa impossível Federação de Estados.
Nem Orwell almejaria ser tão draconiano.
Se a adaptação da idade de reforma, de acordo com a esperança média de vida, me parece correcta - nem sequer imagino como se pode pensar parar de trabalhar tão cedo, para além das consequências óbvias para a sustentabilidade do sistema de segurança social - outras há que são difíceis de compreender e digerir.
A saber:
(1) Controlo do custo dos salários: há nesta medida uma clara ingerência nacional, por meio de medidas impostas pelos países que compõem o núcleo duro da União Europeia. A medida visa fomentar a igualização por baixo; se o país é pobre, os salários são parcos, o poder de compra baixo, a economia pouco desenvolvida ao nível da procura agregada. Os países nesta situação ficam sujeitos a baixos salários e vocacionados, contra natura económica, para as exportações, o mesmo é dizer, para a satisfação de necessidades internas dos países ricos. Criar pequenas Chinas dentro da União Europeia, parece ser o alcance desta medida.
(2) Limites ao endividamento público: não há separação de águas, entre despesa primária e despesa de investimento. Existirá um limite de endividamento consagrado na lei do país e ponto. Cabe aos governos estimular a economia, existindo vários instrumentos possíveis, cabendo entre estes o investimento público. Limitar o endividamento a países que já estão sobre-endividados, significa não investir; para países não endividados, a limitação existe ao nível do Produto Interno Bruto; o princípio é básico: se és rico rico serás, se és remediado, remediado ficarás.
(3) Harmonização dos impostos sobre as empresas: os impostos são calculados sobre os resultados após encargos financeiros, provisões e amortizações. As empresas que apresentem maiores lucros pagarão mais impostos, numa base absoluta, porque numa óptica relativa, o percentual fiscal é o mesmo. Estas são as empresas de maior dimensão, situadas nos maiores mercados, onde existe poder de consumo interno. Assim, imagine-se que o IRC é o nosso: 25%. Se uma empresa tem de resultado 100 paga 25. Se outra tem 50 de resultado paga 12,5. No fim, a liquidez resultante é de 75 no primeiro caso e de 37,5 no segundo. A capacidade de investir, de alavancar a actividade por meios próprios é claramente superior para a primeira empresa, que no período seguinte ganhará, suponha-se, 85 enquanto a segunda terá de resultado líquido, porventura 39,5. A diferença aumentará incomensuravelmente ao longo do tempo, tornando impensável o crescimento de umas, sem que as outras cresçam muito mais. A prazo, a economia é dominada pelas grandes corporações, não havendo espaço para a média empresa, a não ser nos mercados desinteressantes para as grandes dimensões. Acresce que a dimensão dos mercados nacionais impele a dimensão das próprias empresas; se aduzido ao limite do custo dos salários, a conclusão é fácil de tirar.
Esta Europa, este Directório de países, prepara-se para dar uma estocada final nas pequenas economias.
Esta União Europeia, esta União Económica e Monetária são ilusões criadas por políticos hábeis na intenção de colonizar economicamente o espaço europeu. A falta de coragem política dos pequenos países, a par dos lugares cativos prometidos aos decisores políticos nacionais afundam, irremediavelmente, a soberania nacional, o orgulho nacional.
Adicionem-se a moeda única, as imposições de Bruxelas, o Tratado de Lisboa e o cenário está criado.
Compreendem-se as manifestações, mesmo que por variadas razões, que se fazem sentir hoje em Bruxelas.
Percebe-se, também, o porquê do fim da União Europeia, do euro, de uma ideia de Europa unificada numa impossível Federação de Estados.
Nem Orwell almejaria ser tão draconiano.
22.3.11
menos com menos....
A Fitch não altera o rating da República porque já o alterou, levando em conta a má prestação da contenção da despesa primária, por parte do governo.
A questão central é essa mesma: a crise não existe porque o PEC não é aprovado; a crise existe porque a despesa primária não desce em conformidade com as necessidades do país. Mais, a despesa com capital sobe assustadoramente, sendo de cerca de um milhão de euros/hora dejuro, neste momento.
Pedir sacrifícios de nada serve se a despesa é imparável. Depois, uma economia recessiva joga do mesmo lado da despesa: menos com menos dá menos.
A questão central é essa mesma: a crise não existe porque o PEC não é aprovado; a crise existe porque a despesa primária não desce em conformidade com as necessidades do país. Mais, a despesa com capital sobe assustadoramente, sendo de cerca de um milhão de euros/hora dejuro, neste momento.
Pedir sacrifícios de nada serve se a despesa é imparável. Depois, uma economia recessiva joga do mesmo lado da despesa: menos com menos dá menos.
21.3.11
Imbecilidades..
Hans-Werner Sinn
“Portugal precisa de um aumento radical de impostos”
A justificativa é que só assim, Portugal conseguirá reduzir o défice público e chegar a um excedente.
Este iluminado é presidente do IFO-instituto de investigação económica.
Estou farto destes iluminados, destes azelhas que chegam aos lugares sem saber ler nem escrever.
Estou cansado das conveniencias políticas, da mediocridade, das danças das cadeiras, dos discursos encomendados. Mais cansado ainda, por cada um dos imbecis que ocupam estes cargos, se arvorar o direito de emitir opiniões sobre o meu país. E más opiniões, péssimos conselhos, aberrantes raciocínios.
Para este hipócrita, redução da despesa do estado, nem pensar - ele próprio vive da despesa de vários estados - mas aumento dos impostos sim, porque as gentes deste país (ou doutro qualquer) descobriram a árvore das patacas; quanto mais pagarem em impostos maior capacidade terão de pagar mais, e mais, e mais, porque a fonte de rendimento não se esgota.
Este iluminado é presidente do IFO-instituto de investigação económica.
Estou farto destes iluminados, destes azelhas que chegam aos lugares sem saber ler nem escrever.
Estou cansado das conveniencias políticas, da mediocridade, das danças das cadeiras, dos discursos encomendados. Mais cansado ainda, por cada um dos imbecis que ocupam estes cargos, se arvorar o direito de emitir opiniões sobre o meu país. E más opiniões, péssimos conselhos, aberrantes raciocínios.
Para este hipócrita, redução da despesa do estado, nem pensar - ele próprio vive da despesa de vários estados - mas aumento dos impostos sim, porque as gentes deste país (ou doutro qualquer) descobriram a árvore das patacas; quanto mais pagarem em impostos maior capacidade terão de pagar mais, e mais, e mais, porque a fonte de rendimento não se esgota.
16.3.11
Falta de coragem política tem custos, para Portugal....
Apontando baterias à realidade, temos de consentir ser inevitável a ajuda externa - esta não se irá consubstanciar em dinheiro vivo mas, tão somente, em acalmia quanto à garantia de não estarmos sós.
O problema reside quando se diagnostica, mas não se aplica o tratamento in tempu.
A oposição teve tempo útil para derrubar este governo. Muito tempo. Mas não quis. Esperou, na vã esperança que o primeiro-ministro caísse de podre. Não caíu, até agora.
O primeiro-ministro aposta agora numa certeza: a necessidade do pedido, que irá credibilizar a intenção de recuperação, pedido que , reafirma-se, é só de credibilidade institucional e não de apoio financeiro concreto. Entretanto procura "desculpas" para sair, mantendo-se em funções de gestão. Estratégia: enquanto governo em gestão, assiste à entrada técnica do FMI e/ou do fundo de apoio europeu, clamando em simultâneo que a culpa da "entrada" é de quem o derrubou.
Resultado: um povo que é ingénuo pode dar uma "vitória de Pirro" a Passos Coelho e Paulo Portas, o mesmo é dizer uma votação de, pelo menos, 32% para o PS, impossibilitando qualquer solução governativa.
Quanto mais tarde for tomada a decisão de derrubar o governo, mais o governo e o primeiro-ministro capitalizará, politicamente.
Este país continua a não ter rumo nem coragem política.
O problema reside quando se diagnostica, mas não se aplica o tratamento in tempu.
A oposição teve tempo útil para derrubar este governo. Muito tempo. Mas não quis. Esperou, na vã esperança que o primeiro-ministro caísse de podre. Não caíu, até agora.
O primeiro-ministro aposta agora numa certeza: a necessidade do pedido, que irá credibilizar a intenção de recuperação, pedido que , reafirma-se, é só de credibilidade institucional e não de apoio financeiro concreto. Entretanto procura "desculpas" para sair, mantendo-se em funções de gestão. Estratégia: enquanto governo em gestão, assiste à entrada técnica do FMI e/ou do fundo de apoio europeu, clamando em simultâneo que a culpa da "entrada" é de quem o derrubou.
Resultado: um povo que é ingénuo pode dar uma "vitória de Pirro" a Passos Coelho e Paulo Portas, o mesmo é dizer uma votação de, pelo menos, 32% para o PS, impossibilitando qualquer solução governativa.
Quanto mais tarde for tomada a decisão de derrubar o governo, mais o governo e o primeiro-ministro capitalizará, politicamente.
Este país continua a não ter rumo nem coragem política.
14.3.11
Mentiras.....
Faltou-lhe inteligência e coragem e não significa que as tenha mostrado alguma vez.
Faltou-lhe perícia e modus operandi político.....
Mas numa afirmação tem razão: sempre prometeu o seu melhor desempenho, a sua melhor eficácia. Pena que uma e outra sejam tão fracas, mesmo medíocres.
Quanto à crise política, ou estala já ou basta esperar 3 semanas. Mas o país aguenta esta pausa, este lamaçal, esta incerteza no futuro? Não acredito: estamos parados, "mortos", atolados e só saímos, tanto mais depressa saímos, quando houver a coragem política para mudar o rumo.
P.S. quem o ouve parece que chegou ontem a S. Bento.
P.S.S. mentiras aos montes, cada vez mais mentiras. Assusta!
Faltou-lhe perícia e modus operandi político.....
Mas numa afirmação tem razão: sempre prometeu o seu melhor desempenho, a sua melhor eficácia. Pena que uma e outra sejam tão fracas, mesmo medíocres.
Quanto à crise política, ou estala já ou basta esperar 3 semanas. Mas o país aguenta esta pausa, este lamaçal, esta incerteza no futuro? Não acredito: estamos parados, "mortos", atolados e só saímos, tanto mais depressa saímos, quando houver a coragem política para mudar o rumo.
P.S. quem o ouve parece que chegou ontem a S. Bento.
P.S.S. mentiras aos montes, cada vez mais mentiras. Assusta!
Ironias.....
A miséria resultante dos pacotes de austeridade impostos pelo governo, este ou outro, vão muito para lá das percas do Produto Interno Bruto, no que diz respeito à economia social e ao seu funcionamento.
5.3.11
Entusiasmo pessoal ( e porque não nacional), por fim...
Entusiasmo. Entusiasmo é o sentimento que nos assola, quando escutamos os "propósitos" sociais-democratas no que respeita aos 30.000 professores que vão (irão mesmo) perder os seus empregos.
O entusiasmo deriva do facto de se saber que existem 30.000 empregos feitos à medida, por encomenda. Senão vejamos: onde estavam as disciplinas de "estudo acompanhado" e "área de projecto" há meia dúzia de anos atrás?
Se acaso não tivessem sido inventadas estas duas disciplinas, para suportar uma saída avassaladora de licenciados das universidades nacionais, estancando assim, à altura, a mais que certa contestação social, onde estariam empregados estes, agora supostamente sacrificados, 30.000 professores?
No sector privado? Não creio, porque o país desistiu de si mesmo, quando aniquilou o sector primário e secundário (leia-se agricultura e indústria) e se precipitou numa débacle original, acabando com os cursos técnico-profissionais, preenchendo o país formal de doutores e engenheiros.
Onde estariam então estes 30.000 licenciados? Resposta certa: no desemprego.
Na realidade o emprego destes 30.000 (como os de muito mais) nunca existíu; foi-lhes presenteado para os apaziguar, para os calar, para os conformar, mas a sua valia é (e sempre foi) zero; porque as disciplinas não valem por si, curricularmente, nem enquadradas no plano de estudos; porque contribuem decisivamente para tirar tempo aos alunos, tanto no lazer como no estudo.
Assim, é fácil perceber que estes empregos não existem, nem nunca existiram.
E é aqui que nasce o entusiasmo, quase esfuziante, da constatação de que há empregos à medida em Portugal, para todas as medidas e, constatado o facto, todos nós podemos aspirar a ter, um dia, um emprego talhado à nossa medida.
Eu quero o meu já.......
O entusiasmo deriva do facto de se saber que existem 30.000 empregos feitos à medida, por encomenda. Senão vejamos: onde estavam as disciplinas de "estudo acompanhado" e "área de projecto" há meia dúzia de anos atrás?
Se acaso não tivessem sido inventadas estas duas disciplinas, para suportar uma saída avassaladora de licenciados das universidades nacionais, estancando assim, à altura, a mais que certa contestação social, onde estariam empregados estes, agora supostamente sacrificados, 30.000 professores?
No sector privado? Não creio, porque o país desistiu de si mesmo, quando aniquilou o sector primário e secundário (leia-se agricultura e indústria) e se precipitou numa débacle original, acabando com os cursos técnico-profissionais, preenchendo o país formal de doutores e engenheiros.
Onde estariam então estes 30.000 licenciados? Resposta certa: no desemprego.
Na realidade o emprego destes 30.000 (como os de muito mais) nunca existíu; foi-lhes presenteado para os apaziguar, para os calar, para os conformar, mas a sua valia é (e sempre foi) zero; porque as disciplinas não valem por si, curricularmente, nem enquadradas no plano de estudos; porque contribuem decisivamente para tirar tempo aos alunos, tanto no lazer como no estudo.
Assim, é fácil perceber que estes empregos não existem, nem nunca existiram.
E é aqui que nasce o entusiasmo, quase esfuziante, da constatação de que há empregos à medida em Portugal, para todas as medidas e, constatado o facto, todos nós podemos aspirar a ter, um dia, um emprego talhado à nossa medida.
Eu quero o meu já.......
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