11.5.13

A Realidade Nacional

Muito poderia escrever sobre a realidade nacional e a confiança que a actual política (?) económica transmite ao exterior, porque internamente sabemos bem o custo e o drama que lhe estão associados.

Opto, contudo, por aproveitar as declaraçōes de dois intervenientes políticos, ambos do PSD, utilizando a sua própria retórica, ao mesmo tempo que transcrevo parte de um email por mim recebido no início desta semana, que estou certo ilustra totalmente a realidade a que aludi no início do post.



"Quero em nome do PSD lamentar estas declarações e esperar que o Dr. Abreu Amorim tenha condições para explicar qual era a intenção, na medida em que essas declarações são, do ponto de vista dos princípios, inaceitáveis, do ponto de vista estratégico, incorrectas e, do ponto de vista eleitoral, ineficientes", salientou Jorge Moreira da Silva ( Vice-Presidente do PSD). Continuou : 
"Por outro lado, as palavras de Abreu Amorim podem criar a ideia à população que a responsabilidade orçamental terminará com o memorando de entendimento [....] Portugal é um país que ganha 100, gasta 106 e deve 120. [....] O caminho é continuar a ter contas equilibradas durante muitos anos, para lá do memorando de entendimento da troika".

Afirmação de Abreu Amorim: 
"Vítor Gaspar restabeleceu a confiança dos mercados e teve sucesso nas suas políticas de voltar a inserir Portugal nos mercados financeiros mas, neste momento, eu julgo que o país precisa de uma nova etapa neste combate tremendo à crise económica financeira e social em que estamos e que o tempo político de Vítor Gaspar terminou. [....] É preciso pedir o regresso da política, é preciso que os problemas sejam tratados através de uma percepção dos anseios e necessidades das pessoas e isso é muito mais vasto do que a visão tecnocrática afunilada com que muitos dos problemas do país têm vindo a ser tratados até agora".

Agora, a reprodução parcial do email que recebi, a propósito de uma possível montagem de uma operação financeira, sobre a qual não se falou em valores e que pretendia trocar um non-rated asset, por um conjunto de aplicaçōes cotadas, com várias plataformas de risco.


Dear João, 

Thank you for your message. We have as a result over the last few days thrown a few leads to ascertain potential investors' interest in such a Lisbon  opportunity, but the appetite at this time for such operation in these geographies is literally nil. 

Creio ficar tudo dito sobre princípios e estratégia nacionais, que são essas que interessam, ou estarei enganado?