16.3.11

Falta de coragem política tem custos, para Portugal....

Apontando baterias à realidade, temos de consentir ser inevitável a ajuda externa - esta não se irá consubstanciar em dinheiro vivo mas, tão somente, em acalmia quanto à garantia de não estarmos sós.
O problema reside quando se diagnostica, mas não se aplica o tratamento in tempu.
A oposição teve tempo útil para derrubar este governo. Muito tempo. Mas não quis. Esperou, na vã esperança que o primeiro-ministro caísse de podre. Não caíu, até agora.
O primeiro-ministro aposta agora numa certeza: a necessidade do pedido, que irá credibilizar a intenção de recuperação, pedido que , reafirma-se, é só de credibilidade institucional e não de apoio financeiro concreto. Entretanto procura "desculpas" para sair, mantendo-se em funções de gestão. Estratégia: enquanto governo em gestão, assiste à entrada técnica do FMI e/ou do fundo de apoio europeu, clamando em simultâneo que a culpa da "entrada" é de quem o derrubou.
Resultado: um povo que é ingénuo pode dar uma "vitória de Pirro" a Passos Coelho e Paulo Portas, o mesmo é dizer uma votação de, pelo menos, 32% para o PS, impossibilitando qualquer solução governativa.
Quanto mais tarde for tomada a decisão de derrubar o governo, mais o governo e o primeiro-ministro capitalizará, politicamente.
Este país continua a não ter rumo nem coragem política.

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