29.3.11

Rebuçados em Badajoz....

Ex-membro da comissão de avaliação das parcerias público-privadas (PPP) está hoje a ser ouvido no Parlamento.

"Os consultores dizem o que as pessoas que fazem as encomendas querem ouvir e como tal, os estudos não são credíveis" Avelino Jesus dixit.

Na resposta, Ana Paula Vitorino disse que "pôr em causa todo o trabalho técnico parece-me excessivo. E conheço bem a credibilidade dos técnicos portugueses, por isso não posso concordar".

Claro, aliás, a reputação dos técnicos portugueses que ganham imensas fortunas a elaborar estudos e pareceres, baseia-se, fundamentalmente, na verdade. De resto, quando um cliente, seja o estado seja um privado, apresenta intenções de avançar para um projecto de investimento, recorrendo a fundos, com ou sem intenções políticas, é bastas vezes aconselhado a não avançar nos ditos investimentos, por serem inviáveis ou ruinosos.
É assim, como todos sabemos, que os estudos e os consultores se pagam regiamente. A escrever a verdade, numa folha em branco que, recorde-se, aceita tudo o que lhe escrevem, seja letras, seja números (faz igualmente parte da profissão mais velha do mundo, a folha em branco).
Má reputação e fraquíssima preparação técnica e profissional têm as grandes consultoras americanas, os seus consultores, que durante anos maquilharam balanços e demonstrações de resultados. A Arthur Andersen fechou por incompetência dos seus técnicos. Ainda se tivessem utilizado técnicos portugueses, mas não, insistiram nos americanos.
Por cá somos todos boa gente. As intenções são sempre políticas.
Mas deixem que pergunte: 4,7 milhões de passageiros só no primeiro ano? Acredito.
Ainda se vendem rebuçados em Badajoz? Se sim, prevejo que a procura possa ser maior.

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