15.5.08

Intendência...

Já saíu há uns meses.
Um amigo insiste em que devo publicitar e os argumentos, que sistemáticamente apresenta, derrotaram a minha proverbial postura de contenção.
Fica aqui um dos possiveis links, garantindo eu a colocação da capa um destes dias neste sítio...
http://www.livapolo.pt/index.php?action=search&pag=1&tipo=1&expressao=26099&seq=1

14.5.08


E nada mudará....

No PSD, os candidatos que o eram continuam a ser, agora sem rábulas.
Todos, sem excepção são liberais, defensores do laissez-faire, querendo desposicionar-se do PS, ou do centro, como lhe queiram chamar.
Nenhum deles entende o que é ser liberal; se entendessem não o eram!
Nenhum entende o laissez-faire económico; se entendessem não o defendiam na actual situação económica.
Em suma estão todos mal preparados, inaptos para fazerem oposição, quanto mais governação. São os candiatos dos chavões, das ideias pré-feitas, dos discursos gastos e da política oca.

Mas perguntem aos que criticam se querem mudar assim tanto o partido? A resposta será não, se forem intelectualmente sérios.
Porquê? Porque são avessos a mudanças? Não!
Porque não querem perder o status quo, a influência, o poder sobranceiro.

E, assim, se vai fazendo o mesmo e cansativo PSD de há 20 anos.

UE: Portugal lidera quebra na produção industrial em Março

E há coisas contra as quais nem vale a pena tecer grandes comentários.

Não compensa sequer indicar os números, fazer comparações, dar qualquer tipo de justificações ou proceder a ataques económicamente ferozes. Muito haveria para dizer, mas não compensa, já não compensa.

Tudo o que pode e deve ser dito passa pela constatação, sistemática, de que os números e estatísticas económicas nos são, sempre, profundamente negativas e penalisadoras. Vale a pena dizer que a sofisticação económica actual, aliada à enorme volatilidade dos mercados, impede qualquer raciocínio que passe pelas palavras recuperação, conjuntural, momentâneo ou outras semelhantes. Tudo o que não se faz hoje não é recuperável amanhã; todo o caminho que se perde hoje é irrecuperável amanhã; todo o atraso que se acumula em relação a terceiros hoje, é irremediavelmente o marco que definirá e limitará o amanhã.
Somos e seremos, cada vez mais, uma nação pobre, de pobres gentes, com um atraso enorme em relação à Europa e ao Mundo. O atraso não é imutável mas crescente; o crescimento é proporcional às capacidades, pelo que o fosso ver-se-á aumentado a cada ano.
Nada nos resta, nem mesmo a mudança política, porque será igual, exactamente igual; a política não manda, obedece. Quem verdadeiramente define as regras é a economia e os nossos políticos, sem excepção, não estão preparados para lidar com a nova face económica.
Acresce que perdemos âncoras fundamentais - o Ultramar - gastámos à barba-longa - rede de estradas megalómana, expo 98, euro 2004, desvios de fundos comunitários (formação), entre muitos outros exemplos - e nos preparamos para despesismos politicos grandiloquentes - novo aeroporto, TGV, travessia do Tejo (somos campeões das obras-públicas) - concorrendo para um aumento da deriva.
Em 2013 tocaremos no fundo. Resta começar a treinar a apneia e atingir costa noutro qualquer lugar.
Portugal está prestes a acabar.