Pretender que há um empolamento do défice em 2009 para apresentar resultados em 2010 (como se um défice de 8,3% fosse um bom resultado, mesmo que considerado na comparação com o ano anterior) é um disparate. Equivale a afirmar que a República correria um risco de 365 dias, com aumentos de juros sobre a dívida pública, redução da liquidez disponível por consequencia da dificuldade de obter ajuda financeira externa, pressão especulativa sobre os default swaps da dívida, análise ainda mais negativa da governação, com consequente aumento da pressão sobre o serviço da dívida e da capacidade de cumprimento das obrigações nacionais, na expectativa de no final de 2010 apresentar o parco resultado de redução de 1%.
Acresce que as dificuldades que atravessamos são reais e têm origem nos gastos públicos. A exposição internacional dos 9,3% de défice não compensaria nunca a suposta redução de 1% prevista orçamentalmente para 2010.
Pelo contrário, acredito que o número que merece reservas é o referido défice projectado de 8,3% para este ano; quero crer que será muito superior, infelizmente.
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