12.6.05

Para Uma Maior Equidade...

Não é sensato pensar que se constrói uma sociedade mais igual, mais fraterna, mais igualitária e solidária permitindo, simultâneamente, diferenças abissais nos vencimentos atribuídos à execução das várias funções necessárias ao funcionamento dessa sociedade.
Conforme o lucro, remuneração do capital, tem um patamar limite para além do qual é, justamente, considerado excessivo - atente-se no caso dos casinos que têm de entregar 50% da receita bruta nos cofres do estado - também não é aceitável que as remunerações possam gozar de uma tão grande flutuação como a que se verifica no nosso País e na sociedade ocidental num modo geral.
É fundamental a criação de uma grelha de vencimentos que estipule o vencimento máximo e mínimo permitidos na sociedade económica e social em que nos inserimos. Uma grelha que contemple todas as funções e responsabilidades e lhes atríbua um valor remuneracional justo e não escandaloso e atentatório da moral, como bastas vezes se verifica. E nesta grelha que estejam incluídos por maioria de razão os privados, porque não há condição nenhuma em que se consiga sustentar remunerações elevadíssimas baseadas no conceito de actividade privada.
Uma tal grelha é fundamental para acabar com as discriminações abusivas, para contribuir decisivamente para uma redistribuição equitativa do rendimento.

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