9.12.11

Where is the Money?

Umas palmadas.
E os países perguntam: Where is the Money?
Umas reguadas depois e os países perguntam: Where is the Money?
Finalmente o quarto escuro, onde todos os medos são infundidos (citando Frank Zappa: [in the dark where all the fevers grow, under the water where the shark bubbles blow...]) e os países perguntam: Where is the Money?

Os países afundam-se, são recriminados por despesismo, não vêem saídas económicas, perguntam pelo dinheiro e levam como resposta: está caladinho que agora quem manda somos nós e a vossa economia já era; agora só conta a nossa.
Entretanto os juros continuam a subir, a um ritmo que acompanha a queda das economias e o aumento da probabilidade (feita certeza) do incumprimento no serviço da dívida. E o desemprego aumenta; e a miséria aumenta; e o desespero aumenta. E, depois, não se anunciam os suicídios que se repetem diariamente, porque não interessam à opinião pública.
(Para os mais distraídos, recordo a crise da "cadeira vazia" na década de 60, quando os ingleses pretenderam ingressar na então CEE e os franceses se opuseram. Nada de novo, portanto. Nenhum tipo de preocupação e sim, algum alívio, com a posição inglesa. Mas atenção, porque os ingleses são os únicos que levam muito a sério a sua História e a sua economia e estão melhor sem euro, do que com a pata alemã em cima). 


Depois, bem, depois pretender inscrever na Cosntituição Portuguesa um limite ao défice, significa cortar cerce qualquer possibilidade de responder com dívida pública, a problemas de assimetria económica e da correspondente necessidade de fazer crescer a economia. mais uma vez afirmo: é da responsabilidade do Estado a criação de condições para aumentar o emprego. Se um Estado que não tem moeda, aceita não ter política orçamental e, last but not least, ainda se fustiga obrigando-se a inserir na Lei Fundamental, um limite à capacidade de endividamento, então esse Estado não é soberano: é um Estado    liliputiano, onde só se sobreviverá, por via de um retrocesso económico de 90 anos.

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