Curioso que o Primeiro-Ministro não dê pistas de como pretende incentivar a criação de postos de trabalho, através de políticas macroeconómicas, obrigação do governo e não dos privados, mas foque o discurso na obrigatória redução de salários no privado e, igualmente, no desemprego crescente (no privado que não no Estado). Engraçado porque evidencia o mal maior deste governo (e de todos os anteriores): não têm resposta adequada à crise e sabem, bem, que as medidas tomadas só a acentuam (justificar despedimentos e baixos salários com aumento de competitividade é uma monstruosidade económica; na realidade, baixos salários e taxas de juro altas (através dos spreads) reduzem, drasticamente, a competitividade, por força de um menor esforço de investimento em bens de equipamento e, uma aposta clara, na força de trabalho braçal. A competitividade não se mede só pelos preços, mas acima de tudo pela relação preço/qualidade. Se assim não fosse, há muito que, por exemplo, empresas como a Bayer ou a ENI teriam soçobrado, perante o poderio chinês (só que a qualidade não é a mesma, em desfavor da China)....
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