12.5.11

O pior Chiado numa abandonada Av. da Liberdade...ou a machadada final...

Av. da Liberdade, Lisboa.
Passear na Avenida da Liberdade é um suplício. Os lojistas têm-se multiplicado em abrir espaços amplos, cuidados, mono-marca e o local da cidade que estaria obrigado a ser um passeio público de qualidade, perde-se nos arrumadores-moedinhas, na miséria de quem tem de esmolar, naqueles que por lá vagueiam sem que ninguém se interesse pelo seu modo de vida: o que fazem, como passam o tempo, o que procuram. Além disto, também a Avenida da Liberdade é um coio de lixo: as obras constantes, a irresponsabilidade dos construtores/remodeladores, a ausência de fiscalização, fazem com que a artéria tenha um aspecto medonho, de dia; imagine-se então de noite. Por um conjunto de razões, Lisboa é uma cidade deserta nos seus passeios, quer durante a semana, quer ao fim-de-semana: a qualquer hora.
Agora acenam-se com quiosques, que irão também ter DJ´s, o que significa música aos berros, sem qualquer utilidade, a não ser transformar a Avenida da Liberdade na miséria em que Santana Lopes transformou o Chiado, quando lá enfiou uns horrorosos altifalantes ( e viu-se a "fauna" que passou a habitar o Chiado).
falo de um espaço fantástico da Cidade de Lisboa, o que percorre toda a zona ribeirinha, entra pelo Chiado ou pela Baixa, sobe até ao Camões e Largo do Rato, ou até ao Parque Eduardo VII. Mancha imensa da Cidade, linda mas muito mal tratada pela edilidade.
Uma vez mais fica provado que nada se faz de forma pensada; tudo obedece a repentismos, a dinâmicas difíceis de compreender. Erros sobre erros.
Pergunto-me: os lojistas que têm investido forte na Av. da Liberdade, estarão na disposição de pagar este custo ( o de puxar para o espaço o seu anti-cliente) acrescido ao custo da crise?
Só faltam as farturas (espero que o sexto quiosque, a abrir mais tarde, lhes seja consagrado), porque minis vazias e pedaços de tudo no chão, gente com calças pelo meio do rabo e muita algazarra, já estão prometidos.

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