8.7.10

Na Quadratura do Círculo, esta noite, José Pacheco Pereira, falando sobre o negócio da PT/VIVO, pretende não ter formação jurídica para se pronunciar sobre uma decisão tomada pelo Presidente da Assembleia Geral da PT, mas pretende ter competencias económico-financeiras para falar sobre o negócio. Porque razão não falou sobre questões de índole e carácter jurídico ? Tem tantas competencias nesta matéria como sobre as outras referidas. Mas não esteve sozinho nas referencias erradas, Lobo Xavier fez-lhe companhia.
A razão para a existencia de alianças internacionais, internacionalizações, tem a ver com dois factores fundamentais: capacidade financeira e, igualmente, capacidade e modelo de gestão.
Um dia o Brasil não necessitará, nalgumas áreas de negócio, da participação de empresas portuguesas ou espanholas. Mas até lá necessita, como a EDP para se internacionalizar na América do Sul necessitou de um parceiro chileno. Porque tem mais competencias técnicas ? Não. Porque conhece o mercado como a EDP não conhece.
Se é importante estratégicamente a posição da PT no Brasil ? Claro que sim, fundamental mesmo.
Nota final: o comportamento bolsista não se rege por resultados e performances económicas e financeiras das empresas, mas por impulsos, por momentos de euforia seguidos de depressão, que nada têm a ver com a performance das empresas ou do comportamento das economias onde estão inseridas. São atitudes meramente especulativas: se assim não fosse, não haveria risco associado à bolsa (excepto o risco mínimo de análise das contas e da sua correcção e fiabilidade).Mas deixem-me ainda perguntar: não sendo fundamental para Portugal estar presente no mercado brasileiro, porque será para a Telefónica (leia-se Espanha) assim tão fundamental ? E não foi a Administração da PT que garantíu ao governo que tinha o núcleo duro contra a venda ?

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