(1)A preocupação com a sociedade, a preocupação SOCIAL, a preocupação em relação aos cidadãos e a forma como estes se revêem na política, como arte de governar uma sociedade organizada, composta de homens, definidos pela sua identificação geográfica, patrimonial, cultural é fundamental para entender o fenómeno político e poder falar de políticas sociais.
Não sendo a solidariedade um dado mensurável e encontrando justificação na limitação espacial, ao substituir-se por interesses económicos, a solidariedade espacial sucumbe, colocando em causa a função essencial da política, bem como o seu lugar no ordenamento da sociedade.
Num mundo onde a riqueza nasce da desmultiplicação das ligações de capital e alianças internacionais há que evitar as perturbações, o imprevisto e o incontrolável. É necessária uma ordem que não sobrevenha, exclusivamente, do poder económico – este não conhece cor, credo, nacionalidade – mas igualmente do reconhecimento das similitudes, do espaço geográfico, dos interesses comuns.É assim que imaginamos a União Europeia ? Nem nos nossos melhores sonhos!
A pretensão de combinar uma multitude de interesses e dimensões – política, cultural, económica e mesmo militar – aprisiona a própria concepção espacial do poder, em virtude do próprio espaço deixar de ser um critério fundamental de avaliação.
(2) Pretende-se federalismo ?
O federalismo clássico nasceu de uma lógica de solidariedade baseada na lógica geográfica: o município pertence à região; a região pertence ao Estado.
É esta pirâmide geográfica que permite organizar, a diferentes níveis, a vida política: os espaços de solidariedade autárquicos de nível local, regional, nacional, fixando os cidadãos em cada um dos diversos níveis, as suas prioridades, os seus anseios, em suma a vontade comum que consubstancia a definição de política em si mesma.
Aos olhos do Mundo, não é o federalismo que se desenha num qualquer tratado constitucional. Aos olhos do Mundo passa a noção do Directório, da centralização do poder económico, da colonização de uns países europeus por outros, poucos em número, enormes em poder. Passará certamente a ideia que o capital se poderá instalar, coligar, absorver e devorar recursos, garantindo, em simultâneo, a riqueza de uns e a desilusão/trabalho de outros.
Espanta que os pequenos países se afadiguem tanto, em torno de ideais colonizantes, dominadores, superior e patriarcalmente apadrinhados pela Alemanha e pelo equivocado poder político francês.
São estes, em meu entender e de forma muito resumida, os sinais claros que a UE, enquanto instituição e jogo de poder quer transmitir.
São estes os sinais claros que os países da UE, na sua maioria, querem passar? A resposta é, claramente, não!
Falta substância à UNIÃO EUROPEIA. Falta-lhe perspicuidade.
Não sendo a solidariedade um dado mensurável e encontrando justificação na limitação espacial, ao substituir-se por interesses económicos, a solidariedade espacial sucumbe, colocando em causa a função essencial da política, bem como o seu lugar no ordenamento da sociedade.
Num mundo onde a riqueza nasce da desmultiplicação das ligações de capital e alianças internacionais há que evitar as perturbações, o imprevisto e o incontrolável. É necessária uma ordem que não sobrevenha, exclusivamente, do poder económico – este não conhece cor, credo, nacionalidade – mas igualmente do reconhecimento das similitudes, do espaço geográfico, dos interesses comuns.É assim que imaginamos a União Europeia ? Nem nos nossos melhores sonhos!
A pretensão de combinar uma multitude de interesses e dimensões – política, cultural, económica e mesmo militar – aprisiona a própria concepção espacial do poder, em virtude do próprio espaço deixar de ser um critério fundamental de avaliação.
(2) Pretende-se federalismo ?
O federalismo clássico nasceu de uma lógica de solidariedade baseada na lógica geográfica: o município pertence à região; a região pertence ao Estado.
É esta pirâmide geográfica que permite organizar, a diferentes níveis, a vida política: os espaços de solidariedade autárquicos de nível local, regional, nacional, fixando os cidadãos em cada um dos diversos níveis, as suas prioridades, os seus anseios, em suma a vontade comum que consubstancia a definição de política em si mesma.
Aos olhos do Mundo, não é o federalismo que se desenha num qualquer tratado constitucional. Aos olhos do Mundo passa a noção do Directório, da centralização do poder económico, da colonização de uns países europeus por outros, poucos em número, enormes em poder. Passará certamente a ideia que o capital se poderá instalar, coligar, absorver e devorar recursos, garantindo, em simultâneo, a riqueza de uns e a desilusão/trabalho de outros.
Espanta que os pequenos países se afadiguem tanto, em torno de ideais colonizantes, dominadores, superior e patriarcalmente apadrinhados pela Alemanha e pelo equivocado poder político francês.
São estes, em meu entender e de forma muito resumida, os sinais claros que a UE, enquanto instituição e jogo de poder quer transmitir.
São estes os sinais claros que os países da UE, na sua maioria, querem passar? A resposta é, claramente, não!
Falta substância à UNIÃO EUROPEIA. Falta-lhe perspicuidade.
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