27.2.09
Os números já lá estão....os políticos ainda não....
"In Revision, G.D.P. Shrank at 6.2% Rate at End of 2008".
2. 1931 -6.4%
3. 1932 -13%
4. 1933 -1.3%.
Parece então evidente que o último trimestre de 2008 já foi vivido em depressão, nos EUA.
Atente-se no valor anual de 1931 e verifica-se que é equivalente à retracção anunciada no NYT.
Acresce que um dos erros fundamentais, apontados à política económica de então, foi a incapacidade de leitura da necessidade de injecções de capital nas economias, nomeadamente a americana, impedindo a oferta de moeda e fazendo cair a liquidez dos mercados em cerca de 30%.
Durante a Grande Depressão, o desemprego atingíu os 25% e os salários caíram cerca de 40%. O comércio mundial regrediu 65%.
Hoje as economias têm injectado milhares de milhões de unidades monetárias no sistema financeiro, não cometendo o erro do passado, de deixar secar a liquidez nos mercados. Contudo, verifica-se que os números económicos já são os da depressão.
O ano de 2010 vai ser muito mau e só resta aguardar.
Convém lembrar que o desemprego nos EUA, depois da Grande Depressão, se manteve nos dois dígitos até 1941, altura em que os EUA entraram na II GG, tendo-se criado um vasto número de empregos relacionados com a defesa e o esforço de guerra.
11.2.09
Questões de Política Económica, Seriedade e Planeamento...
Penso que, desta forma, poderei contribuir para o clarificar de algumas nebulosas que se mantêm persistentes e, persistentemente, têm sido muletas de desculpas idiotas.
Costuma apontar-se-lhe provincianismo, na leitura dos fenómenos económicos. Também se lhe aponta ausência de motivação na vontade de modernizar o país. Enfim, o provincianismo no seu melhor.
A questão que se levanta é, então, com propriedade, tentar saber se: (i) foi puro provincianismo, baseado na defesa que essa postura política significava para a segurança do regime, ou; (ii) tratava-se de uma política económica pensada a longo-prazo.
Se verificarmos o que aconteceu a Portugal, nos anos que se seguiram ao 25 de Abril, percebemos o esforço para imprimir ao país um cariz e uma impressão modernizante, dotando-o de vias de comunicação várias cobrindo todo o território, abrindo as fronteiras ao investimento estrangeiro, aderindo à CEE e a todas as suas evoluções e derivações e muitas outras, supostamente demonstrativas de um Portugal moderno e aberto.
9.2.09
É de moda que se trata hoje, aqui....
Tendências de moda este Inverno, em New York, recuperando os anos 20 e 30, de grandes golas, estilizando-as e adaptando-as à actualidade, para conferir aqui:
http://www.nytimes.com/interactive/2009/02/08/fashion/20090208-street-feature/index.html
E Nacionalize-se a Banca....
§
Convém recordar, a propósito de periferias, as quatro características apntadas por Samir Amin (economista de linha marxista) que definem um país periférico:
(1) predominância de capitalismo agrário (nós este nem temos, o que nos torna num país periférico dos periféricos);
(2)Formação de uma classe burguesa dependente de capitais externos, especialmente no sector do comércio (temos disto em fartura)
(3)tendência para a burocratização (palavras para quê...)
(4) formas específicas mas incompletas de proletarização da força do trabalho (também temos...)
Somos assim um país periférico, quer pelas regras da geografia económica, quer pelas regras do marxismo não ortodoxo.