28.6.08






















A expansão das alianças estratégicas internacionais motivou o livro. Analisa os riscos e discute os critérios de selecção de parceiros estratégicos, partindo da análise de empresas portuguesas empenhadas em processos de internacionalização

Quantos carros compra a Presidência da República?

O que fará um BMW 760 Li, comprado pela Presidencia da República (PR), com matricula de Janeiro de 2007, com cerca de 19.000 km feitos e cujo custo rondou os 210.000 euros, à venda num stand de usados em Lisboa, por 110.000 euros?

21.6.08


CharlesWillmott
"Fundos da UE a zeros. Até agora, dos mil milhões de euros recebidos, as únicas verbas gastas serviram para pôr em funcionamento a ‘máquina’ administrativa do QREN". (edição on-line SOL).

Mil milhões recebidos? Até agora? E é isto comunicação social? Não é! Nem comunicação, nem social, nem as duas coisas, muito menos séria.

Em 2007 deveriam ter entrado 7 mil milhões que não entraram. Em 2008 já deveriam ter entrado, no mínimo 5 milhões, que também não constam por estas bandas.
Entretanto o País está de tanga, sem liquidez, com a banca à míngua e os rácios a baixarem inexorávelmente, as taxas de juro dos overnights a crescerem e o "rating" do país a diminuir.

Onde está a política governativa? Onde está a acção governativa? Onde estão os projectos estratégicos (não venham com obras públicas, que só esbanjam e nada acrescem)?

Depois Manuela Ferreira Leite afirma: está na hora de cabar com o quero, posso e mando do primeiro-ministro. Infeliz afirmação!
Que quer o primeiro-ministro? Que pode o primeiro-ministro? Que manda o primeiro-ministro? NADA!!!!
Chamou a si os dossiers abrangidos pelo QREN - de acordo com notícias, muito propagandeadas, no final do ano passado. E que se passou entretanto? NADA!!!

Estamos a meio de 2008 e que se passa com os projectos? Há projectos? Quais? Onde? Para quê?

Manuela Ferreira Leite deveria ter afirmado: está na hora de colocar o primeiro-ministro em sentido e perguntar: porque razão ainda não entraram em Portugal os milhares de milhões do QREN? De passagem respondia: por total ineficácia e incompetência política do PM e dos seus governantes, que se preocupam com a pose do "quero, posso e mando", que politicamente poderia estar correcta, a ser verdade, em tempo de crise, mas na realidade escondem, naquela postura, uma outra, essa sim verdadeira, muito menos interessante e muito mais devastadora para a economia nacional: a incompetência política e a incapacidade de namorarem e seduzirem os grandes investimentos, económicamente estruturantes, quer a nível dos actores económicos nacionais, quer dos actores internacionais (menos interessantes, mas importantes na conjuntura actual de imobilismo). isto deveria ter sido perguntado e afirmado por Manuela Ferreira Leite.
Quem anda há muitos anos na política em Portugal sofre de, pelo menos, três males: (1) tem pés de barro; (2) está comprometida; (3) está viciada no raciocínio.

Assim não vamos lá nunca!

19.6.08


FranzUnterberger

Sociedade e futebol..tão idênticos...tão mal

Elementar: num país de oportunistas, de fraquíssima formação e fortíssima falta de carácter, onde a moral e a intelectualidade andam arredias, sobressaem os menos capazes mas que são, em simultâneo, os mais atrevidos e afoitos, que esta coisa de chegar à frente tem quase tudo a ver com desplante e muita falta de cultura - só os burros (sem qualquer achincalhamento para os animais própriamente ditos)se sentem compelidos para dizer e agir, de toda e qualquer forma, tudo o que lhes passa pela cabeça. É assim no Portugal de hoje; está cheio de gente afoita.

Se no geral é um facto, no futebol, caso particular, essa afoiteza parece ser uma virtude. Para lá de todas as peripécias que se têm dito e escrito sobre jogos, resultados, clubes, árbitros e corrupção, muito gostaria que me explicassem porque razão, aquando da primeira decisão de exclusão do FCP da "Champions League", todos os grandes clubes europeus se colocaram ao lado do FCP e, dois clubes portugueses, embora com posturas diferentes, aparecessem de mansinho, dizendo uns (SLB) que em nada alterariam a preparação da nova época futebolística e, outros (VFC, vulgo Guimarães), afirmassem que a concretizar-se seria "mau para o futebol português".

Ambos estavam imbuídos de uma convicção clara: que a decisão da UEFA era inalterável (por ser incomum aquele orgão tomar uma decisão e, posteriormente, voltar atrás na decisão tomada). Ao verificar-se um volte-face na situação, deparamo-nos com posturas antagónicas quando comparadas com as incialmente (e hipócritamente) tomadas: agora sentem-se os dois clubes expoliados de um direito (não sei qual) que aparentemente parecem julgar merecer (não percebo porquê).
A posição que ocupavam na classificação do campeonato e a concomitante presença europeia atingida, mantêm-se. O facto do FCP não ser excluído da prova acima referida, não alterou em nada o direito de participação nas competições europeias, que a respectiva classificação obtida proporciona.
Aqui chegados, só um raciocínio é válido, para a verificação de uma mudança radical de atitude: não se trata de mais ou menos verdade desportiva, trata-se isso sim do bom e velho dinheiro. E é aqui que as pontas se juntam: a todos os níveis da sociedade portuguesa os afoitos se alcandoraram e, ao invés de pugnarem pelos interesses nacionais - se o fizessem não teriam as características dos afoitos - pugnam tão sómente pelos interesses particulares.

Aponte-se, de novo, o caso do futebol: quando em toda a Europa, os grandes clubes europeus estão solidários com o FCP, os ataques surgem do próprio país, de clubes que jogam no mesmo campeonato, de gente que fala a mesma lingua (aqui duvido que a lingua desta gente seja a minha, não só pelos actos, mas também pelas palavras; muitas das vezes não os percebo). Esta situação é repugnante em si mesma e verdadeiramente desmoralizante, ao nível do país. Por dinheiro tudo vale, inclusivé arrastar o nome de agremiações centenárias para o descrédito.
Pergunto-me: qual a imagem que o SLB passa neste momento em todo o mundo do futebol? Pergunto-me mais: sendo o SLB uma marca com reconhecimento mundial, qual o verdadeiro custo de imagem para a marca Benfica, de toda esta arruaça que criou e alimenta, desde que a decisão de exclusão do FCP foi suspensa pela UEFA?

Sinais desta era destemperada. Já vai longe o tempo de dirigentes como Pinto de Magalhães ou Borges Coutinho. Eram outros os tempos, tempos de Senhores.
Hoje, de forma ostenciva, a falta de qualidade impõe o seu estilo. No futebol, como no geral da sociedade portuguesa (aliás, uma situação não seria possível sem a outra, porque são fruto do mesmo ventre, perfeitamente compagináveis).
...
P.S. a ausência de escrúpulos, a má retórica, o oportunismo e uma enorme necessidade das direcções dos clubes envolvidos, (no caso do SLB também como forma de camuflar uma péssima época, onde numa equipa de 25 elementos o melhor jogador tinha 36 anos) por presumíveis recursos financeiros (os clubes de futebol não são excepção no clima de abrandamento económico em que vivemos) ,mas também, e principalmente, por ser recorrente todo este conjunto de comportamentos malévolos, na sociedade portuguesa no geral, que só pretendem esconder realidades através da criação de "cortinas de fumo", tudo isto, dizia, foi motivação suficiente para o presente texto.

17.6.08

wait and see....

A falta de soluções conduz a discursos aberrantes.
Para lá do que possa ser dito noutros países membros da UE, interessa-me sobretudo o que é dito no meu país, e o que ouço é confrangedor. À falta de discurso mobilizador,junta-se a idiossincrática pecha da ausência de ideias.
Que fazer com o NÃO irlandês? E agora? Que caminho para esta (des)economia?
Nenhum cenário encaixa no perfil dos economistas-monetaristas que persistem na nossa política, muito menos nos lobistas sectoriais. Agora até já se pode pensar numa UE sem Irlanda, ou pretender que este país realize referendos - talvez quatro ou cinco - até que a população cansada diga SIM; ou que o governo desconsidere o resultado do referendo, fruto da pressão da Ue e se decida pela ractificação parlamentar.
Julgam que estão a falar de franceses e da sua pseudo-filosofia humanista, democrática e libertadora. Mas não estão; no Reino Unido pratica-se a democracia mais antiga e genuína do mundo. O respeito pelos outros é uma realidade indissociável da noção de cidadania, da maneira de ser britânica.

Wait and see....

14.6.08

A verdade da mentira...

Cavaco Silva: "(....)um erro os Estados-Membros referendarem tratados internacionais (....) a existência de problemas internos ou governos impopulares, por exemplo, acaba sempre por se reflectir nos resultados dos referendos (...). Os tratados internacionais nunca deveriam ser objecto de referendo e tivemos agora a prova disso".

José Sócrates: " (....) aqueles países que ainda não tenham ratificado o Tratado continuem com o processo de ratificação, (....) aguardo pela reunião do Conselho europeu da próxima semana para discutir uma solução que responda ao problema agora criado pelo voto irlandês".
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Porque a política só é entendível pelos políticos. As populações não têm condições de decidir sobre política externa; seja por ignorância, seja por "revanchismo". Na política interna não dá jeito nenhum fazer qualquer referência, embora pensem exactamente o mesmo.
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A população não presta para opinar, o mesmo é dizer para pensar e emitir opinião politica sobre uma qualquer matéria.
Falam em problemas internos ou governos impopulares, como causa para referendos que contrariam a vontade dos políticos; na Irlanda? Estranho, estranhíssimo. Só mesmo para quem não conhece a realidade e o ambiente que se vive actualmente no país, ou seja, todos nós, a população, que não podemos referendar um tratado porque somos ignorantes (não vemos quanto é benéfico este tratado) e votaríamos NÃO por "revanchismo" (e não teríamos toda a razão para o fazer?). Não por vingança política, mas por ausência de soluções internas que justifiquem um mergulho crescente na "nomenklatura" europeia, mesmo que à custa da perca da soberania nacional e de prerrogativas com que nos acenaram (já de si más, mas que agora desaparecem), quando era conveniente fazê-lo.
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Depois, sendo referendado num único país, pode afirmar-se que é esse país que tem de resolver o problema da ractificação do tratado, porquanto, em princípio, todos os restantes 26 estarão de acordo, desde que não haja um único referendo e a aprovação continue a processar-se ao ritmo da mentira política; no parlamento, com o voto dos políticos poltrões.
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Acaso o tratado tivesse sido referendado, quantos "NÃOS" teríamos nesta altura?
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Subsiste contudo uma dúvida, que torna pertinente a vontade de que o processo de ractificação continue: a posição inglesa. Quando em Inglaterra, no 10 de Downing St., está o inquilino que dos últimos residentes mais se apresenta como uma "enguia", com um discurso interno e outro externo, assumindo sempre várias faces, a dúvida é pertinente: continuará Gordon Brown o processo de ractificação parlamentar (difícil, muito difícil com os ingleses), parará o processo agarrando-se ao não do vizinho irlandês ou, aproveitando o balanço, defenderá a necessidade de referendar o Tratado?
Os cenários são possíveis, mas apresentam maior probabilidade o segundo e o terceiro.
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O Tratado de Lisboa, ao contrário do Constitucional, ainda não está morto, mas só um golpe de magia e cedências imensas impedirão que isso suceda.
A surgirem cedências pergunto: porque razão não referendámos também o tratado? Não temos nada para (re)negociar? Não temos nada a (re)ganhar?
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Porque razão temos de estar na crista da onda do aprofundamento europeu, mas sempre no último lugar nas condições de vida, no crescimento, sustentabilidade e desenvolvimento económico?
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Querem que acreditemos nestes políticos de pacotilha que nos atiram estas atoardas, como se de verdades absolutas se tratassem?
É fundamental o Tratado de Lisboa? Para quê?
É necessária a UE? Para quê?
Aproximem a Europa dos 27 de uma Zona de Comércio Livre e todos saíremos a ganhar. Levem-na para o aprofundamento económico e político e, daqui a uns anos, nada restará dessa integração, a não ser amargos de boca e situações de dependência política e económica.

11.6.08

O governo dificilmente não cairá....qualquer um. Tempo: daqui a 6 meses, 1 ano, ano e meio...

A crise é grave. Os agricultores ameaçam juntar-se aos camionistas.
Se o governo não cede, cai. Se cede, tem mais do mesmo e cai.
Cai sempre, porque o descontentamento é geral. Prometeram muito, os políticos pós-Abril; mas as condições de vida deterioraram-se. Viveu-se acima das possibilidades, durante muito tempo, quando a confiança no sistema levava a descurar as preocupações com o futuro. O sistema desmorona-se a uma velocidade imensa, as preocupações com o futuro assumem proporções gigantescas; entretanto toda a população está com falta de liquidez ou, mesmo, falida.
O futuro, feito presente, passa a ser uma hidra, com sete cabeças, a saber: trabalho, educação, saúde, qualidade de vida, futuro incerto, dinheiro e dividas, bens essenciais. A estas juntam-se duas mais: falta de soluções políticas e prepotência do estado.
É necessário mudar, muito. É necessário voltar a acreditar, muito.
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A crise está à porta, mas atenção: o pior ainda não chegou!

10.6.08


SuzanneDaynesGrassot

Uma pequena brincadeira...com raças.

O BE exigiu, esta segunda-feira, explicações ao Presidente da República por ter-se referido ao 10 de Junho como «dia da raça», recuperando uma expressão conotada com o Antigo Regime. A posição bloquista foi entretanto partilhada pelo PCP.
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Concordo inteiramente; não podia concordar mais. Senão vejamos:
(1) no tempo da "velha senhora", a raça a que se aludia ou era conotada, para alguns muitos, com patriotismo ou, para outros menos, com anti-comunismo, mas por aqui nos ficávamos;
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(2) hoje a coisa é mais complexa: temos, para uns, a "raça dos políticos execráveis"; para outros a "raça de malandros", que inclui também políticos mas é mais lata; para outros ainda a "raça de corruptos" ainda mais ampla; temos ainda a "corja de bandidos" que pode ser entendida como uma raça, onde se incluiem a DGF, a ASAE, ainda e sempre os políticos e o patronato capitalista. E existem ainda as "raças" patriotas e as anti-comunistas.
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Muitas mais, mesmo assim, poderiam ser aventadas (nem tocámos no futebol). Considero, assim, pertinente uma explicação concisa se o dia 10 de Junho é o dia de todas as raças.
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Porque a questão é mais profunda do que parece. A posição do BE e do PCP é inteiramente coincidente com a sua postura e filosofia políticas. A construção da ideia (posição) baseada na dialéctica pressupõe a reflexão de uma coisa em relação com outras. Se, contudo, a corrente de pensamento for essencialista, a reflexão da coisa é feita em si mesma, ou seja, não implica nem pressupõe comparações, revelando-se em si própria.
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Se, como penso, o PR aludia a raça no princípio filosófico essencialista, as raças estão lá todas. Caso contrário, há que determinar quais as raças, que em discussão e confronto com outras, merecem ser mencionadas no 10 de Junho.

Vai baixar para o mínimo histórico....

Pode ter caído muito bem, a muita gente e a alguns sectores do PPD/PSD, a vitória de Manuela Ferreira Leite, mas cada vez mais me convenço que será um desastre eleitoral.

4.6.08


MikeBernard

Estamos todos fartos...

O governo anuncia que a taxa de desemprego para 2008 será de 7,9% e que esta se manterá em 2009.

Primeiro: o desemprego actual é muito superior a 7,9%. O valor real ronda os 16%, ou seja, considerando a população activa, 1 em cada 6 portugueses está desempregado.
Segundo: a crise económica está em crescendo. A tendência para 2009 apresenta um cenário pior do que 2008. Sendo Portugal um país fracamente preparado para enfrentar crises, aconselha a prudência considerar um aumento no desemprego, inerente ao encerramento de actividades económicas e à redução crescente do investimento, quer o investimento directo estrangeiro (vulgo IDE), quer o interno. Por questões de somatório, sabendo que menos com menos dá menos, o desemprego em 2009 será, forçosamente, superior ao de 2008.
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Para quem pretende fazer da educação uma bandeira, utilizar a propaganda política direccionando-a para os menos preparados, sem preocupação de seriedade intelectual, demonstra que tudo não passa de uma enorme manipulação política, encetada por gentes que não são desta terra..
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Ver as gentes anónimas do meu País afirmarem, em crescendo, que se fossem mais novas emigrariam, tolhe-me a alma, vidra-me os olhos, cerra-me os punhos.
Espero, consciente e consistentemente, poder contribuir para a alteração da anemia nacional.
Espero a oportunidade de poder acreditar num conjunto de pessoas e fazer política séria.
Espero que a classe política nacional seja substituída por outra, mais capaz, na qual me inclúo. Espero que ainda seja este o tempo de salvaguardar Portugal de algumas tormentas.
Temo que as demais sejam já maiores que Portugal.

2.6.08

O sofisma das palavras....

O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, garante que se os privados não assegurarem estabilidade “estaremos perante um caso de regulação pública”.

Já o escrevemos vezes sem conta. Perante o ambiente económico volatilizado impõe-se uma cada vez maior intervenção do estado na economia. Os modelos liberais, o "laissez-faire" económico está morto, a economia no geral moribunda. Defender liberalismos económicos é desconhecer o estado actual do mundo económico. É a subversão da política; esta não tem peso algum (o que se passa actualmente) e apanha "boleias" da permitida liberdade económica, ou por outras palavras, vai a reboque. É, claramente, uma actuação e filosofia que nada interessa à sociedade; o que importa, acima de tudo, é obter através do estado uma garantida de bem-estar, exigida pelas horas de trabalho que são roubadas ao ócio e que, muito embora remuneradas, consentem ainda uma carga fiscal afecta à remuneração, supondo a troca de vantagens sociais presentes por benefícios futuros.
Só assim se justifica o estado-previdência. Mas para tanto é necessário existir capacidade de intervenção.

O que Trichet quer dizer é simples: vamos ter de intervir junto dos agentes económicos. Chama-lhe regulação, em nome das políticas liberais tão queridas à sofisticada nomenklatura política europeia e aos interesses económicos das transnacionais, como lhe poderia chamar "paulada pública", expressão, aliás, mais adequada aos tempos que correm, não fosse volátil inimigo de estabilidade.
Façamos então algo mais, intervindo politicamente, na esperança de evitar a intervenção social.

§
Apesar dos discursos e a propósito das recentes eleições no PPD/PSD, ficou claro que nenhum dos candidatos reconhece os perigosos tempos que vivemos. Acresce que em dois deles, por teimosia e por desconhecimento, a prática política acarretará (acarretaria) uma acentuação da actual deriva política, não concorrendo em nada de bom para a preocupante situação nacional. Pergunto-me: onde está o "conhecimento" no PPD/PSD ? Perdeu-se nas brumas do cavaquismo ? Onde anda a capacidade regeneradora do partido ? Como conseguirá cativar novas ideias ? Quando será assumida a coragem de se posicionar, de forma clara, politicamente à direita do PS, obrigando a uma inflexão maior do CDS/PP ? Ou será que ainda ninguém no partido percebeu que hoje, assumir posições de direita implica defender ideias de esquerda ? Para quando a certeza que o discurso político passa pela preocupação com o indivíduo, enquanto parte integrante do equilíbrio societário, promovendo a aproximação dos interesses colectivos à ganancia especuladora dos interesses particulares ?
§
Se a geração de políticos no PPD/PSD e respectivas ideias políticas, gerada nos últimos trinta anos, resultou em Coelhos, o partido terá de se habituar a viver na toca durante muitos anos.
§
Infelizmente, nenhum dos outros partidos, ou líderes, está melhor preparado ou coadjuvado. Temos um primeiro-ministro cansativo, gasto no discurso e sem caminho político, apoiado num partido incoerente, perdido na falta de liquidez e meios nacional e mundial que obrigam a inaugurar "serraderos" e "carpinterías" como se de grandes investimentos se tratassem. É este o Portugal moderno ? É esta a sociedade igualitária tão prometida, primeiro com a falácia dos cravos e depois com a aceitação da União Europeia ? Será ?