31.5.07
Razões de Globalização....
1) a parcela de trabalho pouco qualificado nos custos totais da produção decresceu consideravelmente, reduzindo a importância de relocalizar a produção para áreas com baixos salários;
2) a flexibilidade da produção e a especialização aumentou a importância da proximidade entre produtores e consumidores (localização global) e entre produtores e fornecedores de componentes (regionalização da produção, acentuada pela diminuição das barreiras tarifárias dentro dos blocos regionais).
Wells argumenta que as multinacionais americanas organizam a produção numa base regional, pois os ganhos da produção à escala global são pouco significativos, as economias de escala são igualmente importantes e os sistemas mundialmente integrados de produção são mais difíceis de gerir do que os sistemas à escala regional.
A extensão da globalização da produção depende também da natureza da indústria.
29.5.07
O que Costa queria...
.
25.5.07
O que falta....
deve existir
noite
onde caibamos todos.
inocentemente felizes
a comer laranjas
e a discutir problemas de aromas
de flores.
(Francisco Mangas)
Jogo de interesses...
Demita-se o Ministro já! Congele-se a OTA!
A vida fica mais facilitada para António Costa na corrida para Lisboa.
23.5.07
Porque andei arredio....
Pelo menos para minha satisfação pessoal e intelectual.
Jamais, Jamais....
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, criticou hoje violentamente as opções de construção do novo aeroporto numa localização na Margem Sul em detrimento da Ota, afirmando mesmo que, na sua opinião, um aeroporto na margem sul "jamais".
(Alexandra Noronha in Jornal de Negócios)
Num almoço-debate na Ordem dos Economistas, as declarações impensáveis de um ministro impossível.
"Lucy in the Sky...with diamonds"
A margem Sul não tem o quê? Pessoas capazes, hospitais, acessos, condições? É um deserto?
Não tem???
É mentira!! Tem!!! E não é um deserto!
Caso não as tenha de quem é a culpa? E se não são as melhores de quem é a culpa?
Que mal tem a margem Sul?
Servíu, mal, para utilizar políticamente durante anos no tempo da outra senhora.
Servíu, mal, para aproveitar no PREC.
Servíu depois para ostracizar, tanto com governos PS como PSD (o pior terá sido o de Cavaco Silva).
Serve agora para dizer que não presta?
Basta!
Considero que todos os habitantes da margem Sul se deveriam insurgir contra esta argumentação e , pior, este tratamento de 2ª categoria, de lixo, de desigualdade, de iniquidade, impróprio numa sociedade democrática. E falamos de mais de um milhão de habitantes.
Quem estudou Pareto sabe do que falo e porque me irrito.
Quem me conhece sabe que coloco, acima de tudo, a justiça social e a igualdade de direitos e obrigações na sociedade como factores determinantes do seu sucesso. Quem me conhece sabe, também, que sou de direita, direita que se confunde bastas vezes com esquerda (utilizando epítetos já pouco adequados), que resido em Lisboa, mas que nasci e cresci no Barreiro, terra da qual me orgulho e muito, tendo a história da família ligada à história do Barreiro por três gerações.
Quem me conhece sabe ainda que nunca fui sequer socialista; que sem ser filiado em qualquer partido - ainda hoje assim é, por respeitar a minha autonomia - fiz propaganda política pelo PPD em 1975, através da colagem de cartazes no Barreiro, por duas noites, antes das eleições constituintes de 75, numa altura em que o PS pedia autorização ao PCP para colocar propaganda na rua.
Que depois fiz a segurança de Freitas no distrito de Setúbal na primeira vez que concorreu à presidência.
Que saí do Barreiro por discordar e já não me rever no conceito de terra e urbanidade que, entretanto, por erros sucessivos - enormes responsabilidades do PCP - cometidos, transformaram uma urbe onde cultura e política coexistiam, numa outra muito mais desinteressante.
Tudo isto não implica que não mantenha o que tenho defendido: não necessitamos de outro aeroporto. Prolonguem a Portela através de Figo Maduro e utilizem os charters nas pistas de Alverca.
Porque nenhum de nós sabe como vai evoluir o turismo; porque nenhum de nós é garante da verdade quanto ao futuro, mas todos sabemos que somos pobres, que não nos podemos dar ao luxo de consumir o que não temos, principalmente contraindo ainda mais responsabilidades, baseados nos rendimentos das gerações futuras .
Mas, acaso seja cometido esse disparate, o da construção, porque não na margem Sul? Porque não, se se faz um disparate, não se pode fazer aumentando a riqueza de uma região altamente carenciada e dotada de meios, humanos e ainda uns quantos técnicos, desaproveitados, por ausência de actividade fabril?
O sr. ministro é pequeno, quando profere tão absurdas, despropositas quanto deslocadas e injustas afirmações.
O sr. ministro só podia estar num dia mau, numa tarde má, num pós-almoço complicado.
"Lucy in the Sky...with diamonds"