19.11.06

O Futuro incerto...de Portugal

De acordo com o presidente do Vitória de Setúbal, "o clube e a SAD têm um passivo global de cerca de 11/12 milhões de euros, com encargos bancários equivalentes ao custo da equipa de futebol, que são incomportáveis em termos futuros". Por outro lado, Jorge Santana lembrou que o Vitória de Setúbal já recebeu, por antecipação, grande parte das verbas relativas ao contrato de cedência de exploração do bingo ao Grupo Amorim, por um período de dez anos, e a totalidade das verbas relativas às transmissões televisivas da época desportiva em curso (2006/2007).
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Esta notícia, sobre a situação económica de um clube de futebol nacional, tem muito em comum com a situação da economia nacional.
De receita extraordinária em receita extraordinária, lá vão os diversos governos - de todas as cores - fazendo face às despesas ordinárias (quer por que não são extraordinárias, quer porque se tornam aviltantes) através de processos extraordinários.
E, como acima se lê a propósito de um clube de futebol e dos claros sinais de péssima gestão económico-financeira, as receitas extra acabam e as despesas ordinárias ficam.
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Resta, então: (i) para o clube declarar a insolvência (caso se verifique a fravidade da situação) e (ii) para o País reduzir, drásticamente, a qualidade de vida dos seus cidadãos.
Nada mais resta, de facto!

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