Por volta do séc. I a Igreja toma um segundo fôlego. A sua influência estende-se até ao interior da Síria e da Ásia Menor. Plínio, o Jovem, encontra imensos cristãos mesmo nos limites do Mar Morto.
Uma carta de Plínio, relata o progresso do cristianismo no ano de 112 d.c.. Já em Bitínia, a mil quilómetros de Jerusalém e a dois mil e quinhentos quilómetros de Roma, a Boa Nova criara uma comunidade cristã, viva e em simultâneo poderosa, invejosa e denunciante, que ameaça fortemente a "Pax" Romana.
Na época de Trajano (Marco Ulpio, Imperador romano 98-117), o centro difusor do cristianismo na Ásia já não é Jerusalém mas Antióquia, plataforma comercial com rotas para todos os pontos do globo conhecidos.
Toda a costa oriental do Mediterrâneo, desde Antióquia até Pérgamo está já estruturada em "igrejas", que gravitam em volta de Efeso e de Esmirna. Esta era a província romana de "Asia e Frígia", aberta ao Norte ao Bósforo e Bizâncio, e ao Sul até à Síria.
A Ásia Menor é uma terra de gente generosa, onde os homens são crédulos e capazes de enormes exaltações. Estas características não tardam a criar fortes preocupações à Igreja que vêm ensombrar o séc. II. Num lugar obscuro de nome Ardabau, na fronteira entre a Frígia e Misia, MONTANO, um recém convertido de espírito tão débil quanto exaltado começou a captar as atenções mercê de demonstrações de extâse, onde aparecia como possuído por uma força interior muito superior à força humana, acabando por tomar-se a si mesmo como o Espírito Santo. Desta figura nasceu o movimento montanista, que chegou a estender-se desde a Ásia até Roma e Cartago.
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