A mentira da verdade!
Proclama-se a verdade como se proclama a vida. A vida não se discute, a verdade é, bastas vezes, alegoria.
A verdade não tem dono nem é universal, mas todos a proclamam sua. Nem a científica é certa, quanto mais a pessoal.
Ser-se verdadeiro, falar verdade, só dizer a verdade, destapar a verdade; mas de quantas verdades falamos, se nós próprios aceitamos que a verdade é hoje uma e depois será outra? Onde reside a verdade? Na convicção?
Fraca compensação para acreditar na verdade. Não é a própria convicção uma verdade momentânea? Real ou forjada? Não alteramos o pensar, as ideias, os conceitos? Estaremos convictos de quê: da nossa verdade?; da dos outros?
A verdade é falsa, traiçoeira, manhosa. Em nome da verdade já se cometeram arbítrios, erros, desmandos, injustiças, todos actos justificados à luz de uma razão, de uma ideia ou crença que pareceu verdadeira.
Só uma verdade existe: a realidade da verdade contida na mentira. Só quando mentimos somos verdadeiramente sérios e verdadeiros. Paradoxal? Nem tanto! Ao mentir assumimos o engano, o próprio desiderato de mentindo, crer ser-se verdadeiro. Na indução da mentira reside a verdade dos outros e a nossa própria: porque os outros não a distinguem e para nós é absolutamente verdade termos mentido. Temos consciência da mentira e a verdade nasce da tomada de consciência absoluta de um facto. Repetimos esse facto por o considerarmos verdadeiro, defendendo-o intransigentemente. A mentira repetida torna-se uma verdade absoluta, porque nasce de um propósito, o de mentir, de uma ideia original, a própria mentira, e é transmitida tal qual foi imaginada. É totalmente verdadeira em toda a sua extensão mentirosa.
A verdade não tem dono nem é universal, mas todos a proclamam sua. Nem a científica é certa, quanto mais a pessoal.
Ser-se verdadeiro, falar verdade, só dizer a verdade, destapar a verdade; mas de quantas verdades falamos, se nós próprios aceitamos que a verdade é hoje uma e depois será outra? Onde reside a verdade? Na convicção?
Fraca compensação para acreditar na verdade. Não é a própria convicção uma verdade momentânea? Real ou forjada? Não alteramos o pensar, as ideias, os conceitos? Estaremos convictos de quê: da nossa verdade?; da dos outros?
A verdade é falsa, traiçoeira, manhosa. Em nome da verdade já se cometeram arbítrios, erros, desmandos, injustiças, todos actos justificados à luz de uma razão, de uma ideia ou crença que pareceu verdadeira.
Só uma verdade existe: a realidade da verdade contida na mentira. Só quando mentimos somos verdadeiramente sérios e verdadeiros. Paradoxal? Nem tanto! Ao mentir assumimos o engano, o próprio desiderato de mentindo, crer ser-se verdadeiro. Na indução da mentira reside a verdade dos outros e a nossa própria: porque os outros não a distinguem e para nós é absolutamente verdade termos mentido. Temos consciência da mentira e a verdade nasce da tomada de consciência absoluta de um facto. Repetimos esse facto por o considerarmos verdadeiro, defendendo-o intransigentemente. A mentira repetida torna-se uma verdade absoluta, porque nasce de um propósito, o de mentir, de uma ideia original, a própria mentira, e é transmitida tal qual foi imaginada. É totalmente verdadeira em toda a sua extensão mentirosa.
O conhecimento popular garante-o: "Quem mais jura mais mente".
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