13.2.05

O que é o VOTO

O poder não se procura nem se obtém apenas para o possuir ou tirar dele dividendos, mas igualmente para o poder exercer, para se poder governar através de projectos políticos, de ideias, de valores, de interesses. O poder é algumas vezes conquistado pela violência, através de uma acção concertada de uma minoria, outras vezes através do voto livre e secreto, da preferência qualificada e pacífica de uma maioria. Em ambas as situações estamos perante a luta pelo poder, seja ela violenta ou pacífica.
Quando num estado de direito como é o português, se entrega o poder a actores políticos através do voto, ou seja pela vontade da maioria, quem vota está a exercer um direito inalienável que pode ser explicado recorrendo a uma figura económica, comum às estratégias empresariais de alianças: o FRANCHISING.
O Estado, através do poder político e administrativo, detém o "master franchising" da capacidade de determinar quem governa. Partilha ou não esse privilégio. Ao partilhar delega essa responsabilidade. "Franchisa" esse direito. Nesse momento somos todos detentores de uma licença de "franchising", da sua boa gestão e aplicação no tempo.
O termo "franchise" significa, em português: "privilégio, imunidade, direito de voto, direitos políticos, direitos civis, concessão". Abdicar deste direito significa diminuir drásticamente a capacidade de multiplicação do "master franchising". Implica uma vontade de não utilização do privilégio, da imunidade, do direito concedido. Equivale a deixar noutras mãos a gestão do crescimento e da própria razão do "franchise". É o mesmo que abdicar, desistir. É permitir que uns poucos se arroguem pensar por todos. É hipotecar o negócio, o mesmo é dizer o "franchise". Será por fim acabar com este, abrindo as portas às minorias violentas. Por isso é tão importante votar.

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