Aprendizagem no infortúnio e legitimidade de avaliação
Aprende-se na vitória como na derrota. Aprende-se pela positiva e pela negativa, pelo sucesso e pelo insucesso. A derrota, a negativa e o insucesso reiterado deverão ser penalizados, mas ser-se de imediato penalizado porque se errou, porque se perdeu, de facto ou supostamente, é perder a capacidade da aprendizagem que quem erra e perde assimila, muito mais até do que nas vitórias reiteradas. Aprende-se mais na derrota do que na vitória. Questiona-se mais no insucesso do que no sucesso. Interioriza-se muito mais no infortúnio do que na ventura.
Só em Portugal é que se penaliza o erro desta forma dramática e se pedem de imediato cabeças. A capacidade de aprendizagem de quem perde é enorme e as ilações que retira preciosas. A consolidação é importante.
Paulo Portas não deveria sair e sim esperar que o congresso extraordinário se pronunciasse. O congresso poderá repor esta verdade, caso não apareça nenhuma moção considerada mais valiosa para o partido, por muito que os seus inimigos não gostem.
Pedro Santana Lopes fará bem em esperar pelo congresso que irá convocar. Só este tem legitimidade para o fazer. Que apareçam propostas tentadoras e os congressistas não deixarão de as valorizar. Mas que apareçam. É para isso que servem congressos. Se alguém quer substituir um líder deverá fazê-lo com qualidade e sofrimento intelectual e pessoal, e não de mão beijada.
Sem comentários:
Enviar um comentário