31.5.11

As cartas falsas

Já vão em 4.000 as cartas passadas indevidamente pela DGV (agora IMTT).
Dizem que são falsas, mas na realidade são verdadeiras; foram passadas indevidamente, a troco de dinheiro, a quem não estava habilitado a conduzir.
Mas, no meio de mais uma história triste da nossa triste sociedade, falta informação: casar os acidentes inexplicáveis, como circular nas auto-estradas em contra-mão e outras bizarrias, com os detentores de licenças de condução compradas através de corrupção. Porque o estado foi lesto a culpar a idade, a alterar o código com novas datas para renovações de licença de condução, com juntas médicas e houve até quem sugerisse que se deveria deixar de ter carta depois dos 80 anos. Asnos, todos.
Agora, devem ser casados todos esses acidentes estranhos e outros igualmente graves, com os condutores a circularem indevida e abusivamente, para se aferir da relevância do acto criminoso, com as mortes criminosas resultantes.
É fácil arranjar desculpas e obrigar os contribuintes a gastarem tempo e dinheiro com processos burocráticos, admitindo em simultâneo uma diferença abusiva de tratamento de acordo com a idade do cidadão, como se idade fosse doença, e não procurar mais fundo, não ir ao cerne da questão: a sociedade que está podre e precisa de ser limpa.
Tem de ser tirada a limpo a relação entre os factos.

3 comentários:

Jose afonso disse...

Acho ridicula a situaçao. Eu chumbei no exame de conduçao, entretanto o meu codigo caducou e infelizmente tive que pagar pelos dois exames. A minha carta ficou em mais de 1000euros. Pelo valor que paguei, mais valia ter comprado a carta e teria passado logo a tudo. Enfim uns sao filhos e outros enteados, e so vem a provar que no nossos pais quem tem dinheiro consegue tudo !

Maria Antonia disse...

Depois admiram-se que em portugal exista uma taxa de sinistralidade elevada e que cada vez mais pessoas morram! Pelo que percebi, algumas pessoas obtiam as cartas sem sequer frequentarem as AULAS DE CONDUÇAO! Toda esta situaçao e revoltante e angustiante.

Anónimo disse...

Tristeza !