3.2.11

A alavancagem financeira, instrumento fundamental de criação de riqueza

Desde o início da crise (2007) que paira no ar uma ideia errada; que um dos males maiores que assolou as economias, as empresas e as pessoas foi o sobre-endividamento destas e a alavancagem financeira das outras, ou dito de outra maneira, que os estados e as empresas só podem investir dentro de determinados parâmetros de equilíbrio, entre capitais próprios e alheios.
Desta ilação, que começa a tornar-se perigosamente um paradigma, resulta uma outra muito perturbante: se os países são ricos ficarão cada vez mais ricos, se as empresas são ricas ficarão cada vez mais ricas e todos os outros, que não tiverem capitais próprios, ficarão para sempre condenados a ser "pobres", resulte a definição no que tiver de resultar.
O mesmo é dizer: se uma família dispuser de dinheiro continuará a dispor, a menos que o esbanje ou invista mal mas, todos os outros que não tiverem "prata", nem sequer dispõem das más opções mencionadas. O mesmo se passa com os países.
Não conheço criação de riqueza sem alavancagem financeira, quer nas pessoas, quer nos países.
Caso contrário, um país pobre será sempre pobre ou dependente de outro(s), assim como uma pessoa pobre será sempre pobre ou dependente de outra(s).
Se queremos crescer temos de ser financeiramente alavancados; o problema surge quando existe uma enorme incompetencia técnica e executiva, tanto na governação de um país, como no governo de uma empresa. Mas a alavancagem é fundamental.

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