4.10.10

É fundamental mudar.....

A pescadinha vai de rabo na boca.


Aumento de impostos, directa e indirectamente, redução dos salários reais, directa e indirectamente, diminuição do poder de compra, redução da actividade conómica, por redução do consumo, da poupança, do investimento, rendimento nacional a diminuir, menos impostos a cobrar significando menor receita, diminuição da despesa mas insuficiente para fazer face ao deficite crescente, implicando aumento da receita fiscal por aumento de impostos, redução salarial, através demecanismos que actuam directa e indirectamente sobre o rendimento das famílias, provocando diminuição do poder de compra, etc., etc., repetindo-se o ciclo eternamente. E a economia estagna primeiro e apresenta crescimentos negativos depois, período após período até definhar.


Consequencia imediatas: perca total da credibilidade enquanto estado soberano; perca da soberania; saída da zona euro; miséria nas ruas.


Este é o cenário actual, implacável no seu avanço fulminante sobre as demagogias políticas e os discursos de pacotilha.


Solução:


(1) saída da zona euro;


(2) saída da UE;


(3) proposta de criação de uma Zona de Comércio Livre(ZCL) entre a UE e os países da Europa que estão fora da União Europeia.



Esta solução é tão necessária para Portugal como o é para Espanha, Grécia, Itália e irlanda.


Contudo, em sério risco de ser "desqualificados" enquanto estados-membro, Portugal e Grécia estão à cabeça.



A solução impõe-se por várias razões , salientando-se as seguintes :



(a) recuperar o instrumento cambial (moeda);


(b) alterar as disposições actuais no que respeita à capacidade de explorar o comércio internacional, no que concerne a condições mais vantajosas de aquisição de bens e produtos;


(c) aumentar a competitividade das empresas nacionais;


(d) jogar com políticas próprias e não por políticas que nos chegam pela porta de Bruxelas;


(e) facilitar a fixação de investimento, quer nacional quer estrangeiro, através de políticas fiscais agressivas (impossíveis agora no actual quadro comunitário);


(f) ajuda às empresas nacionais (outra necessidade interditada).



Não vejo outro caminho.


A não ser este serão trinta, quarenta, cinquenta anos de puro sofrimento, não vendo bem como, quando e onde se conseguirá debelar a crise, esta crise tão nossa, tão portuguesa.


É necessária a coragem política para deixar o euro, a União Europeia, estabelecer acordos comerciais dentro do espírito de uma ZCL com a União Europeia, criar condições de sustentabilidade da industria pesada, de política de solos e agrária que vá de encontro a parte das nossas necessidades, recriar as pescas, explorar as nossas milhas marítimas tão ricas, enfim, aumentar as exportações diminuindo a dependencia do exterior.
Finalmente e mais importante, criar rápidamente condições de empregabilidade, fazer crescer o produto, diminuir as desigualdades, fomentar o consumo, a poupança e o inerente investimento.


Mas tudo isto só é possível se não estivermos sujeitos ao garrote de Bruxelas e da moeda única.

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