30.4.10


Tudo o que sabem mas não Dizem.....
"Teste à zona euro
Para Rui Henrique Alves, as más notícias desta semana representam um “teste à resistência da zona euro”. “O teste está a começar pelas economias mais fracas”, nota o especialista.
O “impasse” em ajudar a Grécia, principalmente por parte da Alemanha, “pode estar a prejudicar a Europa”, repara o economista, realçando que “o mais importante neste momento é salvar a união o monetária”.
É, contudo, “muito cedo” para se pôr a hipótese do “fim da moeda única” e da “expulsão de certos países da união monetária”, acredita Rui Henrique Alves.
Portugal deve “estancar o efeito bola de neve”
Para o economista Nuno Moutinho, os cortes no rating têm dois tipos de impacto no país. “Um impacto directo porque pagamos a nossa dívida mais cara e isso gera défice” e “um impacto indirecto, já que todo o clima económico é afectado, com quedas na Bolsa de Valores, por exemplo”.
Tudo isso pode levar a um efeito bola de neve na economia. Nuno Moutinho, também professor da FEP, considera que é preciso pôr um travão no pessimismo económico.
A reunião entre José Sócrates e Passos Coelho nesta quarta-feira foi um sinal claro deste esforço de “estancar o efeito bola de neve”.
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Vamos por partes.
A noticia da responsabilidade do Diário Económico merece reparos, absolutamente necessários para se perceber a verdadeira dimensão dos problemas e dos interesses envolvidos.
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1º: A zona euro não deveria ter "países fracos".
A razão é simples: os países não estão todos no mesmo patamar de desenvolvimento. Não estando, carecem de medidas e soluções económicas diferentes. Pertencer à zona euro implica obedecer, mais, ser regido por parâmetros definidos pela toda poderosa Alemanha, situação a que Grécia, Portugal e Espanha não têm condições de "obedecer".
Não foi por qualque razão que a Inglaterra, conhecedora, não aderíu à zona euro.
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2º: O impasse não reside na ajuda à Grécia mas na repercussão que terá na soberania alemã. E que me desculpem, mas em questões de soberania não se brinca.
A União Europeia pode funcionar desde que tenha presente que, acima de tudo, a soberania nacional se sobrepõe aos interesses comuns. Não para pobres pedintes como nós portugueses, mas para nações fortes e com enorme capacidade como a Alemã ( e a inglesa).
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3º Por ultimo, a especulação dos mercados está pior do que aquela que se verificou antes da crise de 2007/2008. Os resultados irão ser piores.
As políticas de ajudas dos estados, sem coragem para articularem um plano de nacinalizações do sector financeiro, temporárias, transformou o esforço dos contribuintes num enorme ATM, onde a banca, através de código, levantou as quantias de que necessitava para recuperar as fortunas pessoais, entretanto drásticamente diminuídas, sem qualquer preocupação de construção de riqueza nacional. Continuam a interessar as mais-valias em detrimento do valor acrescentado.
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E quanto ao entendimento Sócrates-Passos Coelho, a nível internacional a notícia só interesssa aos colunistas que são subsidiados por Portugal para "fazerem" notícas positivas, para indígena comer.
As agencias de rating comportam-se de outro modo: quanto maior o ganho do investidor maior o ganho da agencia. Simples mas eficaz.

15.4.10


É necessário pugnar pela União Nacional...

Ex-economista chefe FMI:
"Portugal corre risco de falência económica" in Diário Económico de hoje.


Curioso: as conclusões são sempre as mesmas mas, acima de tudo, a gestão com hipocrisia das notícias veiculadas nas reuniões em Bruxelas, os pareceres e comunicações, não pretendem resolver nada mas tão sómente adiar o inevitável.
Hipócrita porque diz-se à boca pequena o que não se tem coragem de assumir frontalmente. Acredita-se que os mercados podem andar distraídos, que as comunicações podem ser apaziguadoras mas, no fim, o que se cria é um clima de suspeição elevadíssima de que as falencias técnicas de alguns países são inevitáveis.
Não há solidariedade na União Europeia, porque não existe união, de facto, muito menos união de facto.
Portugal está mal. Todos o sabemos. Também já se sabia que o PEC iria ser chumbado em Bruxelas, como foi.
Não dizer que não presta mas acrescer que não basta é um sofisma, um atentado à sobrevivenvia económica e financeira de Portugal.
A altura é de seriedade e frontalidade.
Queremos ser todos parte integrantes da recuperação de Portugal.
Com excepção daqueles que cometeram actos ilícitos e dos quais a justiça se deverá ocupar, sinto-me tão próximo do CDS como do BE, desde que nas palavras, atitudes, comportamentos, discursos e ideias, se pugne pela recuperação do país.
A altura é de união, mas de verdadeira união nacional.

9.4.10

Écos.....
Sempre soube que, mais ano menos ano, seria notícia que Portugal tem uma Liga Nacional Contra a Fome. Porquê ? Porque revoluções sem sangue não são revoluções, são oportunismos.

Vem aí a Besta Negra....

2ª feira 12 de Abril será a Besta Negra da Grécia, de Portugal e da zona euro.....
A conversa inalada de Bruxelas é para expelir de imediato... é tóxica.
Cuidado.

Os países vão à falencia mas não fecham......
A necessidade de prover a Grécia de meios financeiros, capazes de sustentar as suas obrigações para com os credores, é inevitável. O problema surge quando não se vislumbra o "como".
O acordo de princípio dos países da zona euro para assumirem a ajuda, com uma suposta flexibilização da posição alemã, não vale mais do que isso mesmo: um acordo de princípio, que inclui a zona euro mas ( e este mas é muito grande) também o FMI (Fundo Monetário Internacional).
A capacidade de obtenção de crédito por parte de um país soberano pode medir-se de várias formas; através do déficite (despesa vs rendimento nacional), dívida pública medida em função do Produto Interno Bruto (PIB) ou do Produto Nacional Bruto (PNB), serviço da dívida em relação às exportações e a prosperidade do país mede-se através da sua capacidade creditícia.
A ausencia de crédito conduz à incapacidade de alcançar crescimento económico. É assim que a Grécia se encontra já e Portugal estará, daqui a uns meses.
Contraindo-se o crédito assiste-se a um aumento incomensurado do declínio económico, muito superior ao verificado pela crise que lhe deu origem. Daí a situação grega ser dramática. Mas para que os países da zona euro possam acudir hoje à Grécia, para acudir amanhã a Portugal e depois, quem sabe, a Espanha, é necessário que os vários operadores soberanos se atravessem com a sua capacidade creditícia, significando a entrega de garantias e a inerente diminuição da sua própria capacidade de obtenção de crédito.
Por outras palavras, uma ajuda da zona euro à Grécia significa uma diminuição da capacidade de obtenção de crédito pela zona euro, com a significante e relevante perca de crescimento económico.
para que as coisas funcionem é necessário acreditar que a Grécia depois de ajudada a obter o crédito de que necessita, enceta um caminho de progresso económico e de crescimento económico. Mas se o dinheiro necessário é para pagar dívida já existente, como é que a ajuda se traduzirá numa multiplicação do dinheiro, promovendo o crescimento ? É necessário muito mais dinheiro, ou seja, muito mais envolvimento dos países da zona euro mas, mesmo assim, seria necessário acreditar que os gregos iriam ser muito diferentes no futuro próximo. E alguém acredita nisso ? Provavelmente só os gregos e não todos.
Daí a entrada do FMI. Mas qual será a lógica da entrada/intervenção do FMI para ajudar a resolver uma questão de dinheiro na zona euro ?
O FMI aparece, como o Banco Mundial, em Bretton Woods como entidades de supervisão mundial. Onde ficaria então situado o Banco Central Europeu (BCE) ? E mais importante, que mensagem passaria a intervenção do FMI para a credibilidade do BCE, primeiro banco central, agente regulador, de índole internacional ? Depois, acresce que o BCE é claramente manipulado pelos interesses alemães, porque quer queiramos quer não, no que ao dinheiro e à capacidade de crédito diz respeito, a soberania nacional continua a ser o motor e não há nenhum país que queira colocar a sua soberania em jogo.
Os países não são empresas.
Porque razão é perigosa a situação na Grécia ? Porque quando o devedor é soberano, os credores de uma forma ou de outra têm mecanismos de cobrança, porque os países devedores terão de pagar até ao limite das suas possibilidades, porque um país pode falir mas não pode fechar. Mas uma crise interna leva ao encerramento de muitas e muitas empresas, a um desemprego elevadíssimo e a um incumprimento insustentável junto do sistema financeiro doméstico, o que conduz a uma situação de ruptura sem capacidade de solução; as empresas abrem falencia.
É por este somatório de razões que, chegada a hora de dar a mão à Grécia, os alemães se vão virar para o entroncamento entre o FMI e as ajudas pontuais dos países da zona euro, preferindo claramente que o FMI assuma toda a despesa, deixando os restantes países caírem umas parcas migalhas. Porque os tempos não são fáceis, a zona euro não é fácil, a moeda única não é fácil e os mercados são difíceis.
E o crédito esbanjado hoje impede o crescimento de amanhã e durante muitos anos.