23.4.09

As contas dos bancos internacionais e da economia no geral...

Agora, mais do que nunca, é necessária uma supervisão forte sobre as contas das instituições financeiras e sobre os relatórios das firmas de auditoria, as Big 4.
Tratar crédito mal-parado, aplicações financeiras que já se sabem estar a ser ruinosas, juros que nunca serão recebidos e antecipar receitas, conduz a bons resultados, mas só no papel. Entretanto as acções vão subindo, há quem venda e realize mais-valias e quem compre e se vá arrepender.
As commodities estão todas em baixo, com excepção do cobre e do ouro. Os derivados financeiros estão uma lástima.
Entretanto a economia real cai, todos os dias.
Em Portugal é o anúncio do crescimento do desemprego, só no mês de Março, em 24%.
Na Irlanda, tantas vezes indicada como paradigma a seguir, é a constatação do óbvio: o Produto Interno Bruto caíu 10% no 1º trimestre anunciando a depressão.
Por cá continua a escamotear-se a crise, a não preparar os portugueses para o inevitável: tempos ainda mais difíceis.
Haja coragem de mudar a política e os políticos. Haja coragem de mudar o discurso, a visão social, o paradigma económico.
Nacionalize-se, temporáriamente, toda a banca e deixe-se cair o BPN, o BPP e outros exemplos de pequenos "bancos" não influentes para a imagem do sector financeiro portugues, quer interna, quer externamente.
Limpe-se a sala para se poder dançar, daqui a uns tempos, com mais tranquilidade.

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