31.7.08

O país que não se cansa de apanhar....sorrindo.

Portugal está mal. Vai ficar ainda pior. Vamos ficar todos piores.
Temos o pior PIB per capita da Europa dos 27; temos uma justiça que não funciona, e não funcionando, afasta os investimentos; temos empresários que ganham dinheiro mas as suas empresas só têm prejuízos; não temos cultura; temos iniquidades na educação; falta-nos ambição e vontade de Fazer.
Abastece-se o país de compadrios, de tolos e discursos ôcos. Fala-se em obras públicas porque não se sabe mais o que fazer, não se sabe o que dizer.
Temos o pior governo dos últimos 365 dias, antes deste tinha sido o anterior, antes desse o outro e por aí fora.
A emigração é um facto que já não se consegue esconder. Emigração um pouco mais letrada (supostamente, que esta coisa do conhecimento tem muito que se lhe diga) que a anterior, da década de 60. Mas está lá toda, no número, na falta de oportunidades, na imensa ambição de sair de um Portugal em estertor.
Que país, merecedor desse nome, se permite não dar esperança aos seus filhos? Só os terceiro-mundistas, que me recorde. E agora estamos a caminho de ficar na mão de Angola. Lutámos para fugir aos espanhóis e vamos ficar na mão dos angolanos. Os primeiros eram maus, os segundos são péssimos.
A banca está revirada; nos bancos, na política, nos costumes, na moral, na segurança, na saúde, na educação. Está revirada no direito.
Éramos todos iguais, sendo todos diferentes; hoje somos todos diferentes, sendo todos egoístas.
Contudo cá estamos, sempre cantando, mesmo que em surdina, a esperança.
Este escrito é um seu exemplo, como se escrevendo algo mudasse, alguém ouvisse, Portugal saísse do estertor de morte e encontrasse o seu caminho.
Não merecíamos. Não merecemos. Devemos exigir mais, todos nós. E quem sabe, mostrando outra força, outra vontade, outro querer, um dia encontramos o caminho perdido. O nosso caminho.

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