Luis Filipe Menezes (LFM) continua a dar umas boas calinadas, mesmo quando pretende ser demagógicamente eleitoralista.
A terceira travessia sobre o Tejo não pretende ser uma obra para satisfação dos lisboetas, mas sim uma obra que encete a resolução de questões de densidade de tráfego graves e qualidade dos transportes urbanos para todos que, não trabalhando em Lisboa, para aqui se têm de deslocar diáriamente.
Para diminuir o tráfego viário na cidade de Lisboa é necessário dotar os transportes urbanos e sub-urbanos com a qualidade e rapidez necessárias, para que se tornem alternativas viáveis para as deslocações diárias, empreendidas por centenas de milhares de portugueses, para e de Lisboa.
Pouco falta para que a ponte Vasco da Gama comece a ficar saturada.
O desenvolvimento urbano de Alcochete será uma enorme realidade, antes mesmo de ficar concluída a infraestrutura aeroportuária.
A Grande Lisboa (GL) carece de uma especial atenção; está previsto que, dentro de cerca de 2o anos, perto de 55% da população nacional habite naquela zona. É então necessário contribuir, decisivamente e já, para o crescimento económico das vilas e cidades situadas no perímetro da GL, procurando atempadamente diminuir o crescimento, inevitável, da pobreza e da exclusão social, que uma migração tão forte ao nível de indivíduos forçosamente tenderá a acarretar.
Esquecer estas questões é provincianismo puro. E demagogia política. E falta de seriedade. E falta de conhecimentos.
LFM já nos habituou, infelizmente, a discursos marcados pelo circunstancialismo e aproveitamento de matérias fracturantes, a cada momento político. Tenha-se em conta a falta de honestidade política e a tremenda demagogia (estupidificante e mentalmente redutora) latentes na promessa de baixa de impostos, colocando Portugal ao nível espanhol, caso fosse governo em 2009 -claro que, como bom caçola, diria ao jeito de Sócrates que não poderia cumprir, por desconhecer em quão mau estado iria encontrar o País.
Felizmente não vai ganhar as eleições (infelizmente para o PPD/PSD e para o país) e, com alguma sorte nem as disputará, mas começo a ficar farto que os políticos que se pretendem apresentar a eleições prometam e prometam, tendo como base da hipótese real, o facto do incumprimento poder ser justificado pelo desconhecimento. Se não conhecem, como é que raio começam por ser candidatos?
Quero políticos que pensem o meu País, não quero quem o desconheça.
LFM já está a pensar nas eleições, nos eleitores de Lisboa, quando faz semelhantes afirmações com relação à 3ª travessia do Tejo. Ou estará a pensar em interesses escondidos. Não sei responder...
Mas uma coisa sei: falar em Algés-Trafaria para os lisboetas é tão importante como foi recebida a notícia no Montijo de que a ponte seria Chelas-Barreiro, ou seja, importância nenhuma.
LFM anda aos "tiros às rolas", mas não tem pontaria nenhuma. Não haverá quem lhe explique que o cano tem de estar virado para cima?
Caçar votos entre os mouros, nova estratégia de LFM. Será que mouros são só os lisboetas ?
Por último gostaria de ver satisfeita uma curiosidade: o que será o "fontismo provinciano" ?
Acaso terá paralelismo com os governos de Cavaco Silva ?
O que será?
1 comentário:
Felizmente não vai ganhar as eleições (infelizmente para o PPD/PSD e para o país) e, com alguma sorte nem as disputará [...]"
Bem sabe que eu não poderia estar mais de acordo. Só é pena que o PSD em geral - e os sociais-democratas elitistas, sulistas e liberais em particular - não tenha percebido isso há três meses atrás, quando elegeu LFM para líder :)
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