5.3.08

Que venha Hillary Rhodam Clinton...

Hillary Clinton ganha no Ohio e no Texas, dois circulos eleitorais chave para a corrida à presidência. Resta esperar pela diferença e número de delegados eleitos.
Parece, contudo, que nesta recta final das primárias, os eleitores americanos democratas optaram pela segurança do conhecido, à demagogia mal fundamentada e estruturada de Obama (a excepção é Vermont, mas este não tem peso).

Assim, dependendo dos resultados finais e número de delegados (Hillary tem NY, California e Texas e conta, de acordo com a última sondagem - entre 11 e 15 Fev - com 190.5 votos de superdelegados contra 148.5 votos para Obama) tudo aponta para uma corrida McCain (já garantido) vs Hillary.

De uma forma ou de outra temos certezas: a política externa não sofrerá alterações; a política interna tão pouco, talvez com uma ligeiríssima diferença: assim que os tempos o permitam, se McCain ganhar, a política económica poderá ver aumentado o seu cariz liberal; com Hillary a política económica será sempre alvo de maior intervenção governamental (diferença que nos próximos tempos não se fará notar, por razões económicas actuais óbvias).

Embora afirmando que a política externa não sofrerá qualquer alteração ou, mesmo, interrupção, McCain transmite maior confiança na capacidade de assumir decisões difíceis. Mas Hillary goza da experiência da Casa Branca (dois mandatos de Bill) e não deixará de ser interessante ver uma senhora à frente dos destinos norte-americanos.
Recordo que o melhor primeiro-ministro britânico dos últimos 40 anos foi uma senhora, que ficou conhecida por Dama de Ferro e que gritou bem alto: " não permitiremos que o socialismo entre na Grã-Bretanha pela porta de Bruxelas ". Foi, igualmente, a mentora do famoso cheque nas contrapartidas económicas ao sector agrícola inglês, em contraponto com as enormes ajudas que França recebe.

Por tudo isto afirmo: venha então Hillary e veremos o que a sensibilidade, força e experiência femininas arrostam de novidade nestes tempos conturbados.

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