30.7.07

A derrapagem que se anuncia...

O combate à evasão fiscal é necessário e, em simultâneo, salutar, criando novos hábitos de cidadania.
O que se pede, contudo, vai mais além desse combate: redução da despesa pública não-produtiva, ou por outras palavras, redução do défice económicamente maligno. Se assim se proceder, garante-se um ajustamento das receitas (pelo aumento) às despesas (pela sua redução).
A recuperação de dívidas fiscais atrasadas serviria para descomplicar um pouco situações já vividas e não situações presentes. Doutra forma; procurar equilíbrios através da recuperação de valores devidos e vencidos não tranquiliza, porque deixa no ar a pergunta: quando tudo o que estiver atrasado fôr cobrado (o que é cobrável e nunca a totalidade da dívida existente), como se equilibram as contas públicas?
A resposta é simples: não se equilibram! Mas então com uma agravante: já não haverá receitas extraordinárias ou recuperações de impostos a efectuar e a derrapagem será fatal.

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