23.6.07

A despesa com carência...de inteligencia

«...sustentabilidade orçamental para o Estado português», visto que «a consolidação total do investimento inerente ao projecto não terá grandes repercussões nos primeiros anos»

Palavras grandes na apresentação do modelo de negócio da RAVE (Rede Ferroviária de Alta Velocidade).
Grandes não em todos os sentidos, nem no menos mau dos sentidos. As palavras são "grandes", porque são proféticas. E sabe-se que há profecias péssimas, aterradoras.
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Se de uma profecia se trata, terá de se interpretar o seu sentido, para perceber a mensagem. Essa interpretação não necessita de cabálas nem de recorrer a métodos semelhantes aos enumerados por Dan Brown. Bastará uma leitura do passado recente (SCUTS) e uma coerente aplicação do conhecimento actual para se perceber todo o sentido:
quando os custos não produtivos surgirem, já Sócrates e demais que lhe são próximos estarão a (a) jogar golfe); (b) dirigir um qualquer conselho de administração ou comissão executiva, enquanto jogam golfe ou;(c) à frente de uma qualquer comissão ou alto-secretariado da UE, das NU ou quejando, a viajar pelo MUndo e a jogar golfe:
os meus filhos e os filhos de todos os outros andarão, em 2013, com uma enorme dor de cabeça, a tentarem perceber como é que vão pagar os custos das SCUTS, de uma qulaquer OTA e do TGV, entre todos os outros custos gerados pela Estado.
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Foi fácil não foi?
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Isto das despesas com período de carência são óptimas, quando a responsabilidade de liquidação recai sobre outros que não nós próprios.
Será que posso aplicar o mesmo princípio na aquisição de uma casa em Miami; um veleiro de 20 metros; uma outra casa em Paris (sei exactamente onde) e ainda uma em NY (sei também onde seria); um jacto privado e ainda obter verbas avultadas para subsidiar todas estas despesas?
Vou pensar sériamente no assunto. Se arranjar solução de consumir tudo isto sem me responsabilizar pelo pagamento, prometo escrever, aqui, a solução, desde que não a digam a muita gente.

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