Notoriamente, como havia previsto, com a mesma facilidade que qualquer um de vós o fez, a questão aeroporto de Lisboa foi empurrada para as calendas gregas, leia-se após eleições para a CML e Presidência Portuguesa da UE, por forma a facilitar ambas as situações.
O Ministro até já aceita estudos sobre a Portela + 1. Aceita tudo agora, depois de afirmar "jamais, jamais".
Temos levado com cada um (isolado ou grupos) que, por vezes, me ponho a pensar se não será de facto sina nacional este penar, que Luis Vaz tão bem descreveu em relação às paixões.
Porque tem de se estar apaixonado por este pedaço de terra e os seus vultos e História, para nos mantermos fiéis e perseverantes nesta condição, que a todos parece cada vez mais isolada, de cidadão nacional de um Estado-Nação chamado Portugal.
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António Costa tão depressa clama pela Igreja, como aceita que a sua mandatária para a juventude afrime que, acaso seja promolgudada legislação que permita os casamentos homosexuais, tais enlaces se possam realizar no Salão Nobre dos Paços do Concelho, como, até, no dia de S. António. Pasme-se! Casamentos gays no dia do Santo padroeiro de Lisboa, depois de se aludir à Igreja como uma entidade fundamental. Estão todos loucos (foi assim que os romanos acabaram)!
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O debate na Sic Notícias mostrou um António Costa vacilante, uma Helena Roseta firme, um Telmo Correia muito bem, um Negrão a piscar o olho às propostas de Roseta, um Ruben sempre igual, um Zé de que ninguém precisa e um Carmona que aceitou, vezes sem conta, que a palavra suspeição e ausência de gestão saltita-se no debate, sem haver uma reacção verdadeira de repúdio. Sentia-se que Carmona estava diminuído (embora a situação não seja nova).
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Falaram de coisas interessantes, pena é que nenhum de nós acredite que sejam possíveis. Porquê? Porque não vai haver dinheiro para as boas ideias, até falta e muito, e porque sabemos, igualmente, que o betão será, agora e sempre, a alavanca de financiamento desta e das outras Câmaras.
As boas ideias não passam de boas intenções. A realidade, depois, é outra. Infelizmente.
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A cidade tinha tudo a ganhar em tornar-se atractiva, um pólo aglutinador das populações. Tornar-se-ia competitiva, ofereceria saneamento e transportes melhorados, locais de lazer apropriados, cinemas e teatros arranjados, prédios recuperados, face limpa, asseio nas ruas, melhor qualidade de vida, maior rendimento económico, maior poder financeiro.
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Esta cidade branca tem, precisamente, esse defeito: o branco suja muito.
Para manter a bonita luz de Lisboa é necessário gastar muito dinheiro em limpeza a seco.
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Ninguém vai ter maioria absoluta. Vão ter de coabitar. Sei que António Costa vence as eleições. Preferia Roseta ou Negrão. Gostaria que o Zé saísse e pagasse o pesado custo de atraso das obras do Marquês, não só à Câmara, mas igualmente ao pequeno comércio. Carmona vai ficar - vamos ver quantos lisboetas estão de férias em 15 de Julho. Se forem, essencialmente, os bairros sociais e populares a votar, ainda podemos ter surpresa - espero que sem um pelouro importante. Não porque entenda que deva ser penalizado por estar envolvido num qualquer processo, nada está provado e até prova em contrário...mas porque acredito, pelo que vi e vejo, que a questão é do foro da incompetência, muito mais do que qualquer outra razão.
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