18.9.06

A INÚTIL DISCUSSÃO QUE SÓ DIVIDE E ENFRAQUECE....

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Para o Islão, a norma não faz sentido. Não existe uma sociedade suficientemnete organizada no presente e com futuro visível que justifique um sistema normativo elaborado. No Islão respeita-se e vive-se para o dogma. Só este justifica as vicissitudes de uma vida difícil; só o dogma serve de base e sustentáculo à estrita observância da sobrevivência diária.
A razão da vida tem um único propósito: servir o Profeta.
Acaso se as leis de Deus permitissem o auto-sacrifício, algum de nós estaria disposto a cumpri-lo se o mesmo não se encontrasse regulado por um conjunto de normas, usos e costumes ?
A resposta clara é Não!
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Então o que dizer da intervenção de Bento XVI, senão que constata o óbvio ?
Houve tempos em que os católicos, em nome da sua fé fizeram a guerra aos infiéis, leia-se os árabes. Nesse tempo as razões que inquietaram os espíritos ocidentais cultos e instruídos foi a facilçidade com que a palavra do profeta incitava à morte, ao ódio, em total discordância com a doutrina cristã.
Hoje essa discordância acentuou-se, porque não só se assiste a um recrudescimento do dogmatismo religioso nos países árabes, como pelo lado ocidental, se processou um arrefecimento das convicções religiosas ao longo dos últimos 3 séculos.
A unidade é necessária, agora mais do que nunca - o Irão não parou o seu programa nuclear e isto começa a asemelhar-se, para pior, com a invasão da Checoslováquia e a passividade europeia de então - para colocar um travão no crescimento exacerbado da utilização da religião, no recrutamento de um número cada vez maior de seguidores capazes de empreender o que para eles significa, de facto, uma guerra santa.
Bento XVI, em última instância, quis-nos dizer: evitem atropelos, evitem confrontos mas mantenham-se unidos.
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Na realidade de pouco valerá a uns quantos iluminados auto-designarem-se de laicos: para o mundo islâmico não são devotos a Maomé, então são infiéis.
E depois esta discussão não difere em nada dos famosos cartoons, ou como diria um amigo, do vinco das calças. Porque quando queremos discutir e verberar, tudo serve.

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