Uma imensa dúvida me assalta.
Quando é propagandeado, com pompa e circunstância, que o País carece de um choque tecnológico, não passará este igualmente pela instrução e aprendizagem nas escolas e, por maioria de razão, nas Universidades?
A minha resposta a esta dúvida é clara: passa e muito, senão tudo!
Então como explicar que seja permitido que a noite lisboeta e outras noites portuguesas, onde existem polos educacionais fundamentais, tenham estabelecimentos noturnos com licença de exploração até de madrugada? Não deveriam ser respeitados horários que garantissem que estas pequenas tentações da vida, que acabam por se tornar hábitos, estivessem mais de acordo com as necessidades da população estudantil, tendo em atenção o rendimento necessário para que exista verdadeira aprendizagem? É aqui que reside a minha dúvida estupefacta!
Porque não nos podemos basear para a produtividade e eficiência necessárias,nos denominados "marrões" que sempre existiram e existirão, em número reduzidíssimo, porque a vida dos países é garantida por todos os outros, os que não sendo "marrões" (não sendo "marrão" em tempo algum, sinónimo de inteligente, mas tão sómente de muito aplicado) se constituem no estudante normal, no indivíduo que é ele próprio a média. São estes que fazem os países.
Mas como incentivar o estudo e o ensino, se a sociedade lhes coloca a tentação em dias normais de semana, em idades tenras, sem qualquer prurido de necessidades tecnológicas e científicas?
Os problemas nunca estão isolados, formam redes onde se torna cada vez mais difícil distinguir a causa da consequência.
Comecemos por organizar a sociedade de acordo com as suas reais necessidades começando, em primeiro lugar, por reduzir o supérfluo e o acessório, para valorizar totalmente o fundamental.
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