- a economia portuguesa não garante estabilidade e capacidade de resposta aos problemas económicos que atravessa;
- só é possível que o "rating" tenha sido fixado no patamar AA-, mais por efeito directo da zona euro, do que por mérito próprio da economia portuguesa;
- caso a economia europeia se mantenha com crescimentos muito baixos, o residual possitivo para a nossa economia será insuficiente (estamos hoje totalmente dependentes das performances dos mais fortes países europeus, nomeadamente Alemanha) para respondermos cabalmente às crescentes necessidades e à erosão que a actividade económica vem apresentando;
- na situação actual é com crescente dificuldade que as empresas portuguesas mantêm as suas quotas no mercado interno, pelo que o encerramento de empresas e a consequente perca de postos de trabalho são uma evidência.
Têm razão todos os que dizem que não é grave a revisão da classificação da nossa economia, aos olhos dos agentes económicos internacionais, como têm razão todos os que dizem que é grave.
Paradoxal? Nem tanto! O problema reside em Portugal, numa economia que não apresenta problemas conjunturais porque serão já todos estruturais, ou quase.
Assim, o que ambos os lados afirmam é que a revisão em baixa era espectável, sendo que para uns temos de nos habituar a viver com esse horizonte e, para os outros, o Sol há muito se foi e a classificação AA- ainda peca por excesso e, assim sendo, diminuindo a boa vontade diminuirá a confiança na nossa economia, na proporção directa do aumento do custo da dívida pública.
A situação é galopante, como em todas as tesourarias depauperadas.
1 comentário:
Fui a visitante 9.000 (nove mil)! Tenho direito a um saco de confettis, duas serpentinas, um chapéu em bico e uma corneta de papel??
Parabéns :)
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