Muitos anos que aguardei,
Todos na forma de espera,
De quem por amor desespera
Depois de afirmar - alcancei!
De dor padeci e mais vivesse,
Vida de uma vida amputada,
Que só no coração exaltada,
Esperava que do ar te colhesse.
Vivida por demais em dois actos,
Um viçoso, longo o funesto,
Foi curta a alegria do gesto,
Dura a tristeza dos factos!
Mas eis a aragem na face!
O coração palpitante, d´um querer parar
Feito da vontade de partir... de te encontrar.
Parto! Parto feliz e que a tua aragem me enlace!
(João Fernandes)
3 comentários:
para dizer assim sim.lindíssimo poema. que essa vida a dois se transforme no mistério maior de vida para sempre.um abraço sincero.
o mistério é um doce que se bebe um silêncio que se partilha a musica que estala a palavra que arde. a descoberta das palavras interditas foi uma respiração.Boa noite.
Apesar de, ao verso, me apetecer a prosa
reconheço nestes,
a sua alma que já sei
calorosa.
(sb- em esforço de verso )
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