Que...
Que os escribas escrevam de verdade.
Que as palavras brotem esfusiantes, aclamantes de uma inteligencia reconhecida no alimento da alma.
Que os escritos prendam pela positiva, pela sagacidade, capacidade de incrementar a mente.
Que os acontecimentos, os vários momentos, se sagrem a si próprios.
Que a escrita transmita humanidade, certeza, rectidão, justiça, equidade.
Que a especulação seja assumidamente fértil, criadora de ideias, de ilusões e sonhos, de certezas tão incertas quanto o pensamento deambula pelas tortuosas vielas de um espírito imaterial, num universo dialéctico.
Que a escrita se consagre como o milagre da comunicação ímpar entre iguais, todos diferentes.
Que a vida seja respeitada, a privacidade um dogma, o silêncio um direito.
Que a comunhão de sentimentos seja partilhada.
Que tudo seja puro: na alma, nos actos, nos intentos, na palavra dita e escrita.
A palavra, a escrutinadora implacável da intenção verdadeira, tem de ser bem gerida, aclamada, mas também, se necessário, omitida.
O silêncio fomentado enraíza na habilidade, na paciência, no tino e sabedoria. Enraíza na idade: das pessoas e instituições.
É um bem a preservar, o silêncio circunspecto, altivo e altaneiro, num mundo abjecto e convulso em desinformação.
É uma lição a retirar, a gestão do silêncio.
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