Para a Compreensão da História Política Recente de Portugal na Europa (3)
O Plano Marshall e a Organização Europeia de Cooperação Económica
Até 1947, o auxílio americano à Europa centrava-se na actuação da Administração das UNRRA, regendo-se por critérios casuísticos. Dirigia-se, assim, especialmente para as regiões mais carenciadas – Europa de Leste e Balcãs. Estes critérios levantavam duas objecções:
1. apoiavam países ocupados pela URSS e em vias de se tornarem comunistas (imediatamente a seguir à 2ªGG).
2. não garantiam criação de autonomia, necessitando assim de ajuda externa (americana) prolongada.
Por estas razões os EUA decidem adoptar uma nova política: criar uma Economic Cooperation Administration (ECA) para prestar auxílio, destinado a economias estruturadas capazmente e se comprometessem a cooperar entre si no mesmo sentido. Esta mudança foi anunciada em 5 de Junho de 1947, num discurso pronunciado em Harvard pelo Secretário de Estado George Marshall.
A oferta daquele que ficou conhecido como Plano Marshall, foi efectuada a todos os países exceptuando o governo espanhol, por ter sido auxiliado pelas potências do Eixo na guerra civil de 1936-1939.
Foi contudo aceite por apenas 16 países – Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, R. Unido, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal, Suécia, Suíça e Turquia., aos quais se juntaram as zonas ocupadas por ingleses e americanos na Alemanha, que viriam a constituir posteriormente a R. F. Alemanha, bem como a zona de Trieste que viria a integrar-se na Itália.
Rejeitaram a proposta 9 países: Albânia, Bulgária, Checoslováquia, Finlândia, Hungria, Jugoslávia, Polónia, Roménia e União Soviética, bem como a zona alemã ocupada pelos soviéticos, que viria a constituir a R. D. Alemã.
Os países que aceitaram reuniram-se em Paris, na Conferência Económica Europeia, entre Julho e Setembro de 1947, donde saíu a decisão de constituir a OECE. Entretanto, 7 países que tinham rejeitado o Plano Marshall, juntamente com o território ocupado alemão pelos soviéticos, constituíram o COMECON, base de cooperação dos países com Direcção Central. Finlândia e Jugoslávia mantiveram-se à margem, tanto da OECE como do COMECON.
Até 1947, o auxílio americano à Europa centrava-se na actuação da Administração das UNRRA, regendo-se por critérios casuísticos. Dirigia-se, assim, especialmente para as regiões mais carenciadas – Europa de Leste e Balcãs. Estes critérios levantavam duas objecções:
1. apoiavam países ocupados pela URSS e em vias de se tornarem comunistas (imediatamente a seguir à 2ªGG).
2. não garantiam criação de autonomia, necessitando assim de ajuda externa (americana) prolongada.
Por estas razões os EUA decidem adoptar uma nova política: criar uma Economic Cooperation Administration (ECA) para prestar auxílio, destinado a economias estruturadas capazmente e se comprometessem a cooperar entre si no mesmo sentido. Esta mudança foi anunciada em 5 de Junho de 1947, num discurso pronunciado em Harvard pelo Secretário de Estado George Marshall.
A oferta daquele que ficou conhecido como Plano Marshall, foi efectuada a todos os países exceptuando o governo espanhol, por ter sido auxiliado pelas potências do Eixo na guerra civil de 1936-1939.
Foi contudo aceite por apenas 16 países – Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, R. Unido, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal, Suécia, Suíça e Turquia., aos quais se juntaram as zonas ocupadas por ingleses e americanos na Alemanha, que viriam a constituir posteriormente a R. F. Alemanha, bem como a zona de Trieste que viria a integrar-se na Itália.
Rejeitaram a proposta 9 países: Albânia, Bulgária, Checoslováquia, Finlândia, Hungria, Jugoslávia, Polónia, Roménia e União Soviética, bem como a zona alemã ocupada pelos soviéticos, que viria a constituir a R. D. Alemã.
Os países que aceitaram reuniram-se em Paris, na Conferência Económica Europeia, entre Julho e Setembro de 1947, donde saíu a decisão de constituir a OECE. Entretanto, 7 países que tinham rejeitado o Plano Marshall, juntamente com o território ocupado alemão pelos soviéticos, constituíram o COMECON, base de cooperação dos países com Direcção Central. Finlândia e Jugoslávia mantiveram-se à margem, tanto da OECE como do COMECON.
É de referir que Portugal tendo-se candidatado ao Plano Marshall, víu este ser-lhe recusado, na forma e substância como outros países europeus foram beneficiados, por questões meramente políticas, muito embora as razões avançadas se atessem ao facto da nossa economia ser superavitária. Foram então, argumentos económicos, que substanciaram as razões políticas para a fraquíssima ajuda recebida por Portugal. É totalmente falsa a ideia aventada durante anos, que o "ancien regime" não teria recorrido às ajudas consagradas no Plano por vontade própria.
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