4.2.05

Uma Noite

Na memória será guardado,
Aquele silêncio partilhado,
A luz que se apaga ao lado
O despir suave e terno.

Mexer-te nas coxas húmidas,
Nos seios redondos, macios.
Nádegas pequenas e rijas.
Cintura e ancas esculpidas.

Sentir o suor correr.
Cheirar o odor singelo
Desse teu corpo tão belo.

Sentir a paixão crescer.

Teus lábios deliciosos.
Tuas pernas com um nó dado,
Num movimento sincopado
De corpos solavancosos.


O suor impregnante,
As mãos em contemplação
Ao ritmo da penetração.
Teu sexo reconfortante.


Arfar e gemer vibrante,
Descontrolados os sentidos,
Perder corpos preenchidos
Na paixão de dois amantes.

Cima e baixo extasiante,
Água a correr em bica,
O grito que se liberta!
O Amor é delirante.

Amar por amor sincero,
Beijar-te e desfalecer.
Amar e adormecer.
Sonhar o sonho de Cicero,
É tudo o que realmente quero!
(João Fernandes)

Sem comentários: