Santana Lopes irá anunciar ao final da tarde, na comissão política nacional do PSD, a decisão de não apresentar a sua candidatura no congresso extraordinário que irá convocar. A atitude é duplamente inteligente:
1º. porque não apresentou a demissão no Domingo, após se conhecerem os resultados eleitorais (ao contrário de muitas opiniões que vi expressas), resultados que até foram razoáveis atendendo ao ambiente que o envolveu, garantindo um núcleo duro de votantes de 1.700.000 e uma percentagem perto dos 29%. Reconheça-se, nada mau, para eleições que decorreram em ambiente pesado, de fim de festa, a meio de uma legislatura. Mas mesmo que o resultado tivesse sido deveras adverso, nada justificaria que o líder do 2º maior partido português resignasse em directo, nos 4 canais televisivos, às suas funções, como que empurrado de imediato pelo conhecimento da tomada de decisão dos eleitores e oferecendo-se, para gáudio de uns quantos, às feras mediáticas e aos seus comentários e, à população em geral, como se de um participante num qualquer "big brother" se tratasse. Repito, não o fez e muito bem, elevando a política e a sua pessoa;
2º porque carece de um período de nojo.
Reconhece-se, assim, a inteligência no "timing" escolhido.
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