Há três anos o PSD ganhou as eleições depois de uma "fuga" governativa do PS, formando governo coligado, por insuficiência de deputados para uma maioria absoluta, quando, perante a "fuga" do PS, tal poderia parecer verosímil. Anteriormente A. Guterres tinha ficado no limiar da maioria absoluta pela primeira vez na história do PS. Agora fala-se de novo numa maioria absoluta socialista. Independentemente da votação de Domingo, parece claro que o eleitorado se encontra cansado de políticas monetaristas. Das políticas monetaristas que o PSD tem perseguido ao longo dos seus governos, provocando uma erosão no eleitorado natural do partido. Da obsessão com a despesa pública, sem cuidar de separar a despesa produtiva (bem-vinda), da despesa não produtiva (a controlar impiedosamente).
Continua a residir na direita portuguesa a capacidade de resolução de parte dos problemas nacionais de curto prazo, e a capacidade de criar condições de, a longo prazo, encontrar soluções para todos os outros, mas a economia tem de se virar para a população. É um imperativo político e governativo que a economia seja entendida como um instrumento a colocar ao serviço da Nação e não a Nação a servir os interesses económicos. Aqui reside a diferença entre os economistas e os outros, os monetaristas.
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