16.2.05

A esperança no voto pela negativa parece ser o último reduto socialista nesta semana que antecede o acto eleitoral. Pode, de facto, parecer mais apelativo - votar num candidato porque não se gosta de outro - mas é pouco edificante para o candidato proposto, José Sócrates, e ao contrário do que se poderá pensar não é mobilizador, funcionando precisamente na inversa para a massa votante que se sente atingida.
Aliemos esta condição a uma outra visível e factual, que diz respeito à falta de discurso político (pela repetição reiterada de um discurso vazio, sem novidade e conteúdo) do candidato socialista e à ausência de poder de convicção de Sócrates - atente-se nas sucessivas repetições e imprecisões linguísticas que denunciam falta de crença: "deixe-me dizer-lhe"(sic) - quando comparado com Guterres (este muito mais persuasor) último 1º Ministro socialista, para se poder esperar que a tendência que as sondagens mostram, (mesmo que os desvios absolutos médios em sondagens anteriores não ultrapassem os 2%), possa neste 20 de Fevereiro ser contradita.

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