9.1.05

A Propósito de Futebol e Fair-Play
Três situações:

  • a equipa A tem a bola e verifica que um jogador da equipa B está necessitado de assistência. Atira a bola fora. Existe Fair-Play. A equipa B repõe a bola com um pontapé para a frente, para uma zona próxima da área da equipa A. A bola é devolvida mas para uma zona de jogo diversa da incial. Falta de Fair-Play da equipa B.
  • a equipa B ganha uma bola a um jogador adversário, que pretendendo travar um ataque perigoso, se atira para o relvado, queixando-se. Não existe Fair-Play na atitude de atirar a bola fora, mas tão sómente ingenuidade. Total falta de fair-play do jogador que simula a falta. Contudo o público assobia e os jogadores da equipa A insurgem-se. Deturpação do conceito de Fair-Play.
  • a equipa A tem a posse da bola. O jogador da equipa A que conduz a bola verifica que um colega está caído. Atira a bola para fora. O jogador é assistido. A equipa B, com posse de bola, devolve a bola à equipa A. Não existe Fair-Play, mas tão sómente deturpação do conceito. O jogador da equipa A que atira a bola fora toma a decisão baseado na necessidade de ter 11 elementos em campo. É uma atitude que é tomada tendo como objectivo manter a equipa na máxima força. O adversário não tem de devolver a bola.

Em conclusão diria que, exceptuando a primeira situação e mesmo assim esta só em parte, o Fair-Play é um conceito totalmente deturpado. Qualquer mente esclarecida e culta percebe a deturpação que vigora.

Proponho, então, que se volte ao velho esquema de ser o árbitro, enquanto juíz e avaliador do jogo, determinar quando este deve ser interrompido. Caso não veja alguma situação terá a oportunidade de contar com a ajuda preciosa dos seus auxiliares.

E já agora, para quando dois árbitros no terreno de jogo, possibilitando um ajuizar dos lances muito maior, bem como o posicionamento de um deles na linha final, sempre que se desenrolem ataques no último terço do campo.


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