6.1.04

O dia nasce. Com ele renascemos no conforto de uma existência que, mesmo enviezada, oblíqua ou deformada, à nossa percepção - tal qual equilíbrio instável - se vê alimentada dos mais pequenos sortilégios que nos são dados apreciar, saborear, desfrutar, mesmo gozar. O sortilégio da comunhão das ideias, das trocas de palavras, dos risos cúmplices, das artimanhas da mente, dos raciocínios ladinos, do desafio intelectual. E então que dizer de tudo isto mas fora de horas, quando, supostamente, a mente pede descanso mas a alma se revigora, porque no encontro casual das palavras descobre ideias, cumplicidades, razões de sobejo para se manter acordada e pedir aquela que trabalhe, que encontre energias. Momentos assim perduram eternamente, carregados no tempo pelas ondas positivas que geram. Aconteceu-me esta madrugada, com uma Alma amiga