Nem comunismo nem neoliberalismo. A economia mundial destruiu o comunismo e está a fazer em escombros o neoliberalismo. É a própria economia, num sistema de auto-regeneração, que se encarrega de desfazer os erros que o homem comete. Porque funciona numa óptica de deve e haver, de equilíbrios entre quem tem e nada tem, porque obedece à lei da oferta e da procura.
Em Portugal - e no mundo - a economia está a ser entendida como um dogma, quando na realidade é um instrumento de bem-estar. As finanças estão a ser encaradas como uma solução, quando na realidade são uma resultante do bem-estar.
Sem bem-estar não há economia nem há finanças, mas só um amontoado de teorias e teoréticos de gabinete, de agentes que procuram mais-valias e satisfação pessoal, especuladores e jogadores. Esta gente no seu conjunto, esmaga o sentido económico da política e esmaga, finalmente, a própria política, fazendo esta ceder a tendências totalitárias.