11.8.11

O homem no seu melhor

Nem comunismo nem neoliberalismo. A economia mundial destruiu o comunismo e está a fazer em escombros o neoliberalismo. É a própria economia, num sistema de auto-regeneração, que se encarrega de desfazer os erros que o homem comete. Porque funciona numa óptica de deve e haver, de equilíbrios entre quem tem e nada tem, porque obedece à lei da oferta e da procura.
Em Portugal - e no mundo - a economia está a ser entendida como um dogma, quando na realidade é um instrumento de bem-estar. As finanças estão a ser encaradas como uma solução, quando na realidade são uma resultante do bem-estar.
Sem bem-estar não há economia nem há finanças, mas só um amontoado de teorias e teoréticos de gabinete, de agentes que procuram mais-valias e satisfação pessoal, especuladores e jogadores. Esta gente no seu conjunto, esmaga o sentido económico da política e esmaga, finalmente, a própria política, fazendo esta ceder a tendências totalitárias.

7.8.11

Pois.....

O Prof. Eduardo Lourenço afirmou hoje que:
"contrariamente à opinião de várias pessoas", pensa que "a saída continua a ser através da Europa".

O Prof. está radicado em Paris.

Mas disse mais: Portugal tem que resolver a crise "em casa" e depois "na casa ainda não comum, mas que se deseja comum no futuro chamada Europa". Vive radicado em França, recordo.

E acrescentou: apontou a sua aldeia como um exemplo das suas palavras: "Esta aldeia nunca viveu tão bem. Era muito mais pobre e nunca ninguém tinha recebido um tostão que viesse do Estado".

Digo eu: POIS!!!

6.8.11

Há gente que está a mais no Parlamento

Assistir a debates parlamentares (como o recente sobre o denominado orçamento rectificativo) é tarefa penosa. Ver deputados lerem, linha a linha, folhas A4 inteiras nas suas intervenções, é o mesmo que dizer ao país que, aqueles seres estranhoa aos interesses nacionais, não perfilham de qualquer opinião política válida e não têm ideias concretas sobre as matérias em discussão. Não é aceitável e são corpos a mais na Assembleia da república.
Aceitam-se as cábulas - do mal o menos - para não se perder o horizonte da intervenção. Não se aceitam discursos escritos por terceiros, ou mesmo pelos próprios, porque o significado é e será sempre o mesmo: impreparação.

5.8.11

O que os comunistas europeus não querem....

Os verdes alemães são giros: defendem tudo aquilo que a Alemanha menos quer agora, a saber: um Ministro das Finanças europeu e as Eurobonds. Não quer, pelo menos enquanto não dominar económica e politicamente toda a Europa, e esse processo vem muito longe, se algum dia chegar. Não quer também, principalmente, enquanto não medir com exactidão a dimensão da tragédia europeia e necessariamente mundial, ao nível financeiro. Por outras palavras, não quer enquanto não souber se o euro se aguenta; mas a resposta que procuram é fácil: não aguenta. E a pressão que estão a sentir dos mercados prende-se com a indefinição ao nível das verbas,que a Alemanha venha a financiar - ainda não financiou um centimo, sublinhe-se, mas a preocupação dos mercados está lá, enquanto não disserem claramente (e vão dizer) que não põem um chavo.
O problema dos verdes, contudo, é outro: têm um medo de morte que a Europa vire toda à direita, mas não uma direita liberal; a outra, a mais dura, a que é social não liberal. Daí os discursos encomendados pelo PCP do sítio e os PCP dos outros sítios todos.

e a Euribor desce, obviamente....

Pretender que o BCE iria subir a taxa de juro da zona euro e, por isso, ter subido ligeiramente a euribor, primeiro, para hoje, obviamente cair, depois de se saber que a taxa de juro do BCE ficaria inalterada, é não perceber nada de economia. Não só a taxa ficou inalterada, como será quase impossível não a fazer descer nas próximas reuniões. Porque o problema na Europa já não é a inflação, mas algo muito pior: a futura deflação (não confundir com desinflação).

Ver mal implica ver menos

As bolsas caem em todo o mundo. A preocupação pelo fraco desempenho económico mundial faz-se sentir. Entretanto, mais de 80% dos americanos, em sondagem, revelam-se insatisfeitos com os cortes orçamentais aceites por Obama, porque sabem que uma desaceleração da despesa produtiva do estado americano, em nada contribuirá para a solução dos 14 milhões de desempregados.
São realidades económicas.
Em Portugal, a cegueira política e económica leva a que se veja sempre menos do que há para ver.

4.8.11

Negócios engraçados: vende-se um jogador por 86 mil euros e pretende-se que foi vendido por 8,6 milhões de euros; diferença pouca. O valor remanescente deverá ser liquidado por uma sociedade que está, neste momento, já falida.
Milhões de treta, de facto, e muito pouca vergonha.

2.8.11

E agora EUA ?

Como vai a economia americana crescer, com a desaceleração económica actual - e a própria economia mundial - se o presidente aceitou fazer cortes extremos na despesa pública? Lá, como cá, há muita decisão económica por explicar, muito erro económico cometido, muita asneira no ar.
Será que no fim só restará a outra via de recuperação económica?

1.8.11

estado e hipocrisia

O estado não pode, os políticos não podem, de acordo com a optica neo-liberal, imiscuir-se na gestão das empresas, halas, mas pode preocupar-se com a forma como são escolhidos aqueles que são despedidos e os que ficam, nas entidades privadas. Santa hipocrisia.