11.10.10

A necessidade de ir até ao fim......

De acordo com a Senhora que apresenta o prós e contras e representa o aparelho, acaso o OE não seja aprovado, estaremos "num beco sem saída".
Muito provavelmente estaria a pensar em si e em todos que vivem do sistema. Porque para os outros haverá sempre saída, mais ou menos sofrida, mas haverá saída.
Algumas vezes critiquei a postura de Pedro Passos Coelho e assumi essa postura neste espaço; havia alguma fragilidade na postura, alguma transferencia de dúvidas e incertezas que pareciam sedimentar-se na ausencia de uma carreira, carreira mesmo, que sopunham distanciamento em relação aos problemas reais de Portugal, da sua população. Algumas vezes o fiz, porém hoje tenho de assumir que as críticas, por ora, se mostram infundadas. A sua posição é inatacável e as oportunidades que tem são fantásticas, do ponto de vista político.
A questão, para mim, mantém-se na existencia ou não de vontade política para ir até ao fim: não há nenhum abismo ou cataclismo à espera de Portugal, acaso o OE não seja aprovado, desde que haja capacidade para tomar as políticas adequadas e a inteligencia de as defender intransigentemente.
Haverá um período curto de um mês, se chegar a tanto, em que parecerá que o mundo nos irá cair em cima, mas depois o que verdadeiramente interessa é receber o dinheiro emprestado a Portugal, pelo que tudo se tornará inexplicavelmente mais fácil.
Espero que Pedro Passos Coelho não permita a aprovação do Orçamento de Estado, acabando com toda a cabala dos constragimentos fingidos e da irreversibilidade que, forçosamente, se irão abater sobre os portugueses.
A altura é de desmistificação; pede-se que assuma a posição até ao fim. E esta não é, sequer, uma posição de coragem, mas de verticalidade, honestidade e patriotismo.

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