23.12.09


Depois de muito recomendado, apanhei-o à procura de todos os familiares, amigos e conhecidos que referenciei.
Votos de um Santo Natal.
A revogação das taxas moderadoras nos internamentos e cirurgias em ambulatório é uma boa medida mas não basta: há que dar a conhecer ao utente o custo exacto que o estado teve de suportar com o apoio, tratamento e cuidados de saúde ministrados. Só desta forma haverá consciencia social do custo que cada um de nós implica para o estado (societário).

20.12.09

Para conferir aqui a veracidade e frontalidade do PCP na questão da CIMPOR, o único partido a assumir uma posição sobre o assunto, sem tibiezas. Porque o interesse nacional está acima das questões partidárias, não importa em que quadrante político nos situamos; importa sim a seriedade com que nos debruçamos sobre as questões nacionais, as que verdadeiramente interessam, não implicando qualquer tipo de concordancia com a linha programática dos comunistas no que a Portugal concerne.....

18.12.09


Dorph
Eles vão comendo tudo......
Afirma-se que a OPA sobre a CIMPOR é bem vinda mas que o preço é baixo.
Claro, para especuladores sem consciencia que devem centenas de milhões (a acreditar nos jornais da especialidade só à CGD deverão 600 milhões de euros) que lhes foram emprestados para especular (quando projectos para criar empresas e empregos eram "chumbados", porque os seus mentores não dispunham de um mínimo de capitais próprios iguais ou superiores a 25% do total dos investimentos em apreciação na banca) só podem estar satisfeitos com a possibilidade de vender, embora o queiram fazer a valores mais altos. Típico de especuladores.
O problema reside, contudo, na forma como a participação no capital das empresas nacionais é encarada. Compram-se acções na expectativa da realização de mais-valias e não numa óptica de garantir a remuneração do capital investido através da distribuição de dividendos, o mesmo é dizer, através da geração de valor acrescentado por parte das empresas (traduzido nos lucros anuais, princípio primeiro para a distribuição de dividendos aos accionistas).
Assim, para o especulador manhoso, errático (porque "pica" em todo o lado, sem uma lógica de aplicação de capitais estruturada num projecto ) e financeiramente "pirata" (porque busca a pilhagem em bolsa de mais-valias, nascidas de euforias bastas vezes induzidas e não de crescimentos sustentados das empresas), pouco importa se as empresas ficam ou não em mãos nacionais, mesmo se estivermos a falar de um dos maiores grupos cimenteiros mundiais (é engraçado como surge uma Siderurgia Nacional brasileira nesta OPA e como nós acabámos com a nossa, como se de um mau negócio se tratasse, havendo contudo tão poucas na Europa. Uma mão cheia chega para as contar todas). Esta falta de consciencia tem norteado a gestão das empresas nacionais, orientada para o interesse imediato do accionista e não para a criação de riqueza na empresa. Há muito tempo escrevi que todas as empresas nacionais são "opáveis", todas sem excepção e que as OPAS´s estariam na ordem do dia, que as empresas nacionais estão fragilizadas e não têm massa crítica (recursos/capacidade de alavancagem financeira). Contudo, perante uma constatação que encaixa no óbvio, o apoio do estado assentou sempre nos especuladores e não nos empreendedores. O tempo de antena foi deixado à sua mercê, foram apresentados como "opinion makers" e até exemplos acabados de vidas carregadas de sucesso escalado a palmo (palmo vertendo suor, lágrimas e sangue de todos os que foram engolidos na voragem dos ganhos fáceis e dos movimentos especulaticos destes tubarões). Num país de faz-de-conta também os investidores não poderiam deixar de ser de outra maneira.
É que há uma enorme diferença no funcionamento dos mercados bolsistas nos países desenvolvidos, por comparação com países atrofiados como o nosso. A dispersão do capital em bolsa naqueles é muito, mesmo muito elevada; em contrapartida, a CIMPOR é detida por accionistas vários (que não são de referencia, ou seja, pequena/média poupança) em cerca de 30%, deixando os restantes 70% nas mãos de potenciais especuladores. Claro que há uma guerra surda entre o núcleo accionista da CIMPOR; claro que nem todos pensam como Berardo, mas basta aos brasileiros da CSN adquirirem 50% mais uma acção para terem o controle efectivo da gestão de uma das maiores empresas nacionais, situada num sector económico sensível.
E assim vai desaparecendo o controle dos portugueses sobre as suas empresas; assim vai diminuindo o peso das decisões nacionais sobre os parceiros económicos situados em território nacional; assim vamos hipotecando o nosso futuro e, pior, deixando o mesmo nas mãos de capitais estrangeiros.
Hoje por hoje, a CIMPOR não vale pela sua fábrica em Portugal, mas sim pela dimensão mundial que atingíu. Acabar com a fábrica da CIMPOR em Portugal é fácil; redirecionar os ganhos da empresa para outro país facílimo, com a consequente perca na Balança de Transacções Correntes, da receita fiscal, da redução do aparelho produtivo e de qualquer projecto sério nacional. Aumentar o custo do cimento em Portugal mais fácil ainda, estrangulando todo o sector da construção civil e obras públicas.
Tudo isto é fácil.
Também é facílimo afirmar que a OPA é bem vinda.
O que é verdadeiramente difícil é engolir estes sapos, é ver publicamente manifestada esta vontade iníqua de destruir a sociedade portuguesa, de reduzir os portugueses a um grupo de pedintes, de constatar a cobertura que estes agentes do mal merecem da sociedade política e civil nacional, porque dão a comer a uma série de gente, porque se alimentam de todos que a troco de migalhas lhes facilitam o caminho e os cumulam de honrarias.
Eu não me contento com menos que a felicidade, o prazer, para mim e todos os outros, com a alegria de poder viver e gozar todos os momentos da vida, bons ou maus.
Porque a honra pode ser imerecida mas a alegria nunca o é.

Santoro
Português Me Assumo

De todos os sítios do mundo
onde podia nascer,
Quis o destino escolher
nascesse neste País profundo!

Profundo na sua história,
Símbolos, figuras míticas.
De epopeias e conquistas,
na fortuna e na glória.

Terra de D.Afonso, D.João,
De sofridas gerações.
De Pessoa... de Camões,
que em poemas nos cantaram.

Éramos grandes, enormes,
Em dimensão e beleza.
Dividíamos o mundo à mesa
Temidos pelos mais fortes!


Novecentos anos contados,
os mais antigos da história,
Perecem com dor, sem glória,
de tanto serem esbanjados!

Daí para cá o deserto,
A ruína, a demência.
A imensa carência
no assomo do incerto.

Tempos conturbados os nossos;
Anos a mais de loucuras,
Remetem as gerações vindouras
para o pior dos invernos!

(João Fernandes)

§
Pessoalmente assumo frequentemente perante os meus filhos, que a minha geração se encarregou de dificultar o futuro da sua. E em tal acredito piamente
posted by papoila : 5:17 PM

16.12.09


Winter
Não à Regionalização de Portugal
[Ao iniciar negociações com a ETA há uns anos atrás (sem efeitos), o governo espanhol acelerou um processo que se colocava há muito: as autonomias regionais].
As autonomias espanholas foram e são boas para nós: constituem-se numa excelente oportunidade para Portugal vir a criar alianças com algumas destas regiões, diminuídas no espaço geográfico, mais ricas na sua maioria mas sem a dimensão (e força) de uma Espanha una e indivisa.
Não tenho qualquer dúvida em afirmar que esta é uma janela de oportunidade para a Nação portuguesa, que terá de ser aproveitada de uma forma inteligente, através de uma política externa forte e capaz, encetando desde já esse caminho, cautelosamente, com objectivos traçados e conhecimento exacto das pretensões e necessidades reconhecidas.
O tempo não oferece oportunidades aos povos de uma forma continuada e nós temos, ao longo da História, provado saber agarrar algumas delas. Que agarremos então esta, como povo uno e indiviso, com quase novecentos anos de fronteiras polítcas e geográficas comuns e com toda a força que essa condição nos permite, naturalmente, usufruir.
Não é a altura de sermos parvos, ou como outros preferem, modernos!
Tudo isto vem a propósito da renovada discussão e vontade de regionalizar Portugal.
Para encarar o problema de frente temos de aceitar um princípio fundamental: uma Naçao não se define por aquilo que não é.
Acima de tudo, os laços que unem os cidadãos de uma nação são o produto do somatório do passado histórico, sempre complexo, e nunca de factores isolados como o social , o religioso ou o racial.
A comunidade nacional é um conjunto de homens reunidos em torno da memória do seu passado e nunca daquilo que são no presente, porque a união é precisamente o resultado da memória colectiva.
É então o destino comum, partilhado, que aglutina os cidadãos com todas as alegrias e tristezas, venturas e desventuras associadas. Porém uma nação não é uma tribo, antes um território perfeitamente definido por fronteiras geográficas e políticas, na concepção aceite de estado europeu. Portugal é o Estado europeu mais antigo, no sentido da sua definição política e geográfica.
Estamos porém a viver tempos em que o nacionalismo (entendido como a construção nacional do séc. XIX) é um fenómeno em queda, subjugado pela óptica da globalização.
A evidencia territorial, actualmente, sobrevive à custa de factores isolados, mesmo que entendidos como um somatório resultante da religião, da raça e da ideologia. Não é de estranhar, então, que hoje as crispações nacionais sejam mais xenófobas que "imperialistas".
Acontece porém que não há qualquer razão para duvidar da História comum de todos os portugueses, acrescendo que não existem razões para divisões sociais, religiosas ou raciais entre nós. Assim sendo, pretender que uma divisão regional de Portugal é uma possibilidade política não passa de um tremendo disparate, com contornos de traição nacional; de traição à História (memória), aos valores e à moral comuns.
A nossa realidade nada tem a ver com a espanhola. Revemo-nos num algarvio como num transmontano. Mas cuidado: quando pensamos dividir o país em regiões iremos provocar diferenças que não existem, divisões que não estão presentes.
As razões são várias mas uma ressalta de todas as outras: a constituição de microeconomias dentro do território nacional; a economia algarvia nada tem a ver com a Alentejana, como a minhota em nada se parece com a transmontana, para citar dois exemplos. A distribuição de verbas nunca será a mesma entre regiões: irão aparecer os primos pobres e os ricos, dentro da enorme pobreza que é o próprio país (quer económica quer intelectual).
Depois há toda uma panóplia de custos associados que não são aceitáveis e todo um número de cargos que não se percebem na utilidade.
Tudo isto são factos, mas o que mais importa (razão pela qual não me alongo por demais nos pormenores) é não ler a necessidade de dividir o país em cinco regiões.
Porquê? Para quê? Favorecendo quem?
Portugal perde, perca drástica, com a regionalização. E depois nenhum português quer a regionalização, a menos que tenha interesses políticos e pessoais a defender; mas estes não são os interesses nacionais.
Não à regionalização.
§
Adicionaria apenas um facto que sempre me incomodou: regionalização implicaria ainda dar mais poder aos autarcas, onde germina a maior corrupção neste país.
posted by papoila : 12:40 AM

15.12.09


Contemplação

Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre idéias e espíritos pairando...

Que é o mundo ante mim? fumo ondeando,
Visões sem ser, fragmentos de existencias...
Uma névoa de enganos e impotências
Sobre vácuo insondável rastejando...

E d'entre a névoa e a sombra universais
Só me chega um murmúrio, feito de ais...
É a queixa, o profundíssimo gemido

Das coisas, que procuram cegamente
Na sua noite e dolorosamente
Outra luz, outro fim só presentido...

(Antero de Quental)

DonaldFraser
Questões de agendamento político Pessoais....
A clarividencia cristalina de Antonio Vitorino ontem na RTP1 permitíu compreender (aos mais distraídos) que o país é governado por agendas políticas muito pessoais (não confundir com nacionais). De acordo com o reputado comentador, Cavaco Silva não tem condições de "ir à guerra" com o actual executivo, porque se lhe apresenta um segundo mandato para executar e qualquer clivagem institucional representa um sério risco na gestão da imagem política e concomitantes votos na urna. Percebe-se claramente o à vontade de Jorge Sampaio quando lidou com Pedro Santana Lopes: aquele já estava no ultimo mandato e não poderia ser reeleito.

14.12.09

Se a oposição continuar a fazer o seu papel - o ser oposição - para o qual foi aliás votada, o governo ameaça com uma saída antecipada. Chantagem política baixa.
Resta perguntar: quem tem medo de ir a votos ? O primeiro a ter medo irá ceder. É esta a política actual do governo e do PS. Mas será esta a polítca que interessa a Portugal ? Certamente que não.

WilliamFeron
"A Pátria não se discute"
É uma imensa trapalhada tudo o que o PS e o governo pretendem passar, como mensagem política. O país não tem condições de responder a aumentos de receitas orçamentais e necessita, urgentemente, de ver reduzida a sua participação no despautério em que se transformou a despesa pública. O governo tem de reduzir a despesa pública; o problema, uma vez mais afirmo, situa-se ao nível da dívida pública que é monstruosa, e acaso suceda um aumento das taxas de juro, o serviço da dívida será um pesadelo para este pequeno país. A verdade é que estamos falidos técnicamente.
Por outro lado, não existe nenhuma tramoia, nenhuma conspiração política da esquerda à direita: existe sim uma conspiração do governo socialista, que pretende governar em minoria como se dispusesse de uma maioria confortável, tentando convencer o povo de que sem o PS e Sócrates não há solução para Portugal e que a oposição, de forma intencional e maleficamente pensada, tenta acabar com essa solução única.
O PS ganhou as eleições com minoria relativa e aceitou formar governo; cabe aos portugueses "lerem" correctamente a situação do país e as desculpas esfarrapadas que se lhes apresentam.
O governo tem uma responsabilidade: governar. A oposição tem uma obrigação: não defraudar os votantes. Uns e outros têm de cumprir com a sua obrigação.
Pretender que os partidos da oposição estão coligados de forma imprópria e estranha é surrealista, porque iria contra os respectivos programas (já o afirmei antes).
Igualmente e de forma equivalente, ganhar as eleições não obrigava o PS a formar governo. Se o programa do PS e a sua política (a de Sócrates e o seu estilo de governação) obrigava a uma maioria absoluta tinham dito, sem margem para dúvidas ao eleitorado, que só seriam governo acaso dispusessem de maioria absoluta.
À regras que têm de ser cumpridas. A governação não se faz através de exercícios nas "paralelas" nem nas "argolas" (de jogadas parelelas e argoladas estamos fartos). A governação faz-se de frente, sem temores e sem apego ao poder; faz-se com profundo sentido nacional. A Pátria não se discute.

Ver as imagens de Berlusconi ferido, sangrando, mostram uma outra imagem, uma outra visão: a loucura imediata que se apossa de alguns, manipulados por outros, que através da palavra incitam à acção criminosa. Os problemas são muitos, os problemas sociais graves, mas o pior dos cenários é traçado pela manipulação dos signos que passam pela linguagem utilizada cirurgicamente, e que é interpretada por cada um à sua maneira e de acordo com o seu próprio equilíbrio intelectual e emocional. As pessoas são viradas umas contra as outras e, espera-se, haverá sempre alguém que deixa de pensar de forma clara para se emocionar numa atmosfera de discurso colectivo ou que fica a remoer a emoção e age posteriormente.
Os valores são desrespeitados e a democracia vira-se contra ela própria, criando os mecanismos que permitem que seja vilipendiada.
Aquela visão sangrenta é comparável ao fim dos tempos.
E vem de trás, não é nova, só aumenta no risco.

10.12.09


AnnabelGosling
A verdade recompensa, mesmo quando é MÁ....
Qual é a razão que nos impede de querer ouvir más notícias ? As más notícias são "más" porque mostram claramente falhas detectadas no sistema, e ninguém gosta de admitir que falhou.
Contudo, as más notícias providenciam uma informação preciosa: que existem problemas que têm que ser resolvidos antes que se tornem maiores. Assim, perante os líderes (sejam políticos ou empresariais) dever-se-á apresentar os problemas mal eles surjam e estes deverão recompensar quem assim o faz.
Este princípio é válido, totalmente válido, para a governação.
Um país informado reage positivamente perante os problemas e recompensa os seus dirigentes, ao contrário de um país enganado que, num jogo de "faz de conta", se deixa enlear pelas tropelias das mentiras e, quando se dá conta, já é tarde para "emendar a mão". Neste último e dantesco cenário um país deverá punir severamente os seus líderes políticos.
Quanto mais cedo os problemas são conhecidos, mais cedo poderemos utilizar mecanismos de reacção, utilizando os recursos mais apropriados.
Hoje é a Grécia que se discute. Amanhã, mesmo amanhã será Portugal. Quantos mais países na União Europeia estão falidos ? Quantos mais ?

7.12.09

À falta de ideias não se chama maioria oposicionista, chama-se falta de ideias...
O Ministro Jorge Lacão vem falar em medidas propostas pelo PSD (alterações orçamentais) incompatíveis com as finanças do estado, alegando falta de responsabilidade de estado por parte deste partido.
o bom do Dr. Antonio Vitorino vem especular sobre uma maioria absoluta de oposição, contrária aos interesses do governo e do estado, vincando em simultâneo o papel não-conciliador do Presidente da República e colocando-o perante um desafio difícil (como se a actuação até ao momento de Cavaco Silva tivesse algo a ver, mesmo infimamente, com o papel que Sampaio desempenhou no derrube do governo Santana Lopes).
Ambos esquecem o mais importante e o que é de facto fundamental: nem é possível ao PSD fazer passar as alterações que bem entende porque não tem maioria parlamentar; bem como não é possível considerar, sequer em tese, que quatro partidos tão distintos, no pensamento e no espectro político, se entendam com tanta facilidade (ir do BE até ao CDS ainda é uma viagem e tanto).
Se o que o PSD defende (orçamentalmente) merecer a maioria da votação na Assembleia da República, então estaremos perante medidas que não chocam qualquer dos eleitorados desses quatro partidos e, assim sendo, são clara vontade da maioria dos cidadãos votantes, ou seja, são bem ou mal as medidas que a maioria dos portugueses quer ver a funcionar no terreno.
Igual raciocínio é válido para todas as iniciativas parlamentares socialistas e chumbadas pelos restantes partidos representados no hemiciclo: a maioria dos portugueses não se revê nessas medidas.
É uma enorme falsidade pretender que há uma maioria oposicionista.
O que existe é um governo e um primeiro-ministro que não sabem que medidas adoptar perante este país transformado num pantano; faltam as ideias e os objectivos; falta a vontade de mudar atitudes e práticas despesistas; falta humildade para encarar a realidade: este é um país muito pobre.
Perante a ausencia de ideias e perspectivas, baseada a governação na demagogia, despesismo e autoritarismo autista é fácil para esta oposição tão heterogénea entender-se na Assembleia da República.
A solução existe mas requer coragem, verdade e sacrifícios: uma política nacional de carácter social, com investimentos virados para a valorização do cidadão e das condições essenciais ao bem-estar social, com uma política económica encarada como ferramenta e não um fim.

2.12.09


A mentira é válida...o aproveitamento político não....(no pensar do "poder")

Ficámos hoje a saber, pelo sound bite que nos chegou da Assembelia da República, que nesta república das bananas não é importante determinar se o Primeiro-Ministro (PM) mentíu na Assembleia da República (ao fim e ao cabo a Assembleia Nacional) quando em Junho de 2009 disse nada saber sobre o negócio Prisa/PT, mas sim se a líder da oposição tinha utilizado informação que prefigure fuga de informação para fazer combate político, nessa data, chamando-o de "mentiroso".
Num país onde o PM pode mentir impunemente sem que ninguém questione a sua idoneidade para exercer o cargo, penso que até se deveria ir mais longe; não só utilizar as fugas de informação como publicar tudo o que se sabe e se pode provar.