A crise é grave. Os agricultores ameaçam juntar-se aos camionistas.
Se o governo não cede, cai. Se cede, tem mais do mesmo e cai.
Cai sempre, porque o descontentamento é geral. Prometeram muito, os políticos pós-Abril; mas as condições de vida deterioraram-se. Viveu-se acima das possibilidades, durante muito tempo, quando a confiança no sistema levava a descurar as preocupações com o futuro. O sistema desmorona-se a uma velocidade imensa, as preocupações com o futuro assumem proporções gigantescas; entretanto toda a população está com falta de liquidez ou, mesmo, falida.
O futuro, feito presente, passa a ser uma hidra, com sete cabeças, a saber: trabalho, educação, saúde, qualidade de vida, futuro incerto, dinheiro e dividas, bens essenciais. A estas juntam-se duas mais: falta de soluções políticas e prepotência do estado.
É necessário mudar, muito. É necessário voltar a acreditar, muito.
.
A crise está à porta, mas atenção: o pior ainda não chegou!
Sem comentários:
Enviar um comentário