24.1.06

Sem Sentido

Teço o tecido,
(Enredado em teias
Pensadas a meias).
De imoralidade urdido.

Teço o tecido,
(Político, funesto
Tudo onde não presto).
De maldade urdido.

Teço o tecido,
(Na frente fingindo

Nas costas ferindo).
De intriga urdido.


Teço o tecido,
(Da vil perdição
E total sujeição).
De dinheiro urdido.

Teço o tecido,
(Na miséria real
E existência fatal).
De povo urdido.

Teço o tecido,
(Desprezível futuro
Deixo cair de maduro).
De Pátria urdido.

Teço o tecido,
(Vontade iníqua

Maldade profícua)
De carácter urdido.

Teço o tecido
Com que me mato,
Matando os demais.
E prostrado nos ais,
Aqui me abato
Na mesquinhez urdido.

(João Fernandes)

1 comentário:

isabel mendes ferreira disse...

m.a.g.n.i..f.........i.c.o.!!!!