Teço o tecido,
(Enredado em teias
Pensadas a meias).
De imoralidade urdido.
Teço o tecido,
(Político, funesto
Tudo onde não presto).
De maldade urdido.
Teço o tecido,
(Na frente fingindo
Nas costas ferindo).
De intriga urdido.
Teço o tecido,
(Da vil perdição
E total sujeição).
De dinheiro urdido.
Teço o tecido,
(Na miséria real
E existência fatal).
De povo urdido.
Teço o tecido,
(Desprezível futuro
Deixo cair de maduro).
De Pátria urdido.
Teço o tecido,
(Vontade iníqua
Maldade profícua)
De carácter urdido.
Teço o tecido
Com que me mato,
Matando os demais.
E prostrado nos ais,
Aqui me abato
Na mesquinhez urdido.
(João Fernandes)
1 comentário:
m.a.g.n.i..f.........i.c.o.!!!!
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