8.11.09

As habituais trapaças do FMI...sempre com custos elevadíssimos....
"É razoável, depois da crise que vivemos, dizer-se que o sector financeiro, que apresenta mais riscos que os outros sectores económicos, deve pagar parte desses riscos e que não é, de todo, normal que pessoas e instituições assumam riscos desmesurados que depois são os contribuintes a pagar", admitiu o director-geral do FMI.
Admitíu Strauss-Kahn que falava no final da reunião do G20, propondo a criação de um imposto (taxa) sobre as instituições financeiras de acordo com os riscos de crédito que assumam. E admitíu mal, porque o problema não reside no risco das operações mas nos favorecimentos e na corrupção que dilaceram transversalmente todo o sistema, na utilização de liquidez para operações especulativas, por contraponto com a ausência de financiamento a empresas, a ideias e novas empresas, sinónimos de criação de emprego, com todos os riscos inerentes à actividade empresarial.
Na situação económica actual (e na verdade em qualquer situação económica de qualquer país, região ou mesmo a nível mundial) o importante não é fundamentar o imobilismo da capacidade de pensar e da capacidade de agir, mas sim criar um modelo de gestão que se desenvolva no médio e longo prazo. Pretende-se que as pessoas e as ideias cheguem a ter tempo de germinar, de se desenvolver, tudo situações difíceis de acontecer no curto prazo, pelo que todos os projectos, sejam eles quais forem, são efectivamente de risco.
Há a necessidade de saber separar entre o que é a actividade (também o activismo) e a eficácia (os resultados). Ser proactivo significa saber e estar disposto a inventar o futuro que nos espera. Nada disto cabe numa análise de risco, calculado no momento.
É difícil entender a visão do director geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Apetece glosar uma afirmação de Krishnamurti, adaptando-a à circunstancia: "por favor cavalheiro, rogo-lhe que antes de afirmar o que quer que seja, aprenda a pensar".
O FMI é uma ratoeira onde são apanhados todos os maus economistas. É bom porque segrega pela positiva mas não lhes dêem ouvidos, nem aos que lá estão nem aos que lhes seguem o discurso.

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